O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, elegeu a General Motors (GM) como a líder da revolução eléctrica no país, atribuindo aos seus veículos um incentivo extra por serem produzidos por trabalhadores sindicalizados, uma vantagem importante face aos modelos fabricados pelos construtores europeus, sul-coreanos, japoneses e pela Tesla, em território americano, sem acordo com o poderoso sindicato United Auto Workers (UAW).

A CEO da GM, Mary Barra, parece ter tomado os elogios do Presidente como se espelhassem a realidade, sem uma resposta convincente quando o entrevistador do The New York Times (que pode ver em baixo) a confrontou com o facto de a GM deter actualmente apenas 10% do mercado dos veículos eléctricos nos EUA, contra por exemplo 63% da Tesla, e os seus trabalhadores sindicalizados receberem menos do que os não sindicalizados que trabalham nas fábricas no mesmo país da VW, Toyota, Hyundai e Tesla.

As preocupações da GM aumentaram quando a Morgan Stanley divulgou um dos seus estudos sobre o mercado dos veículos eléctricos nos EUA. Nele, a empresa financeira compara o volume de vendas da GM nos primeiros 10 meses do ano, de modelos exclusivamente a bateria, com os obtidos pela Ford e estima que a Ford ultrapassará a GM antes do final do ano. O que representa outra machadada nas ambições de Mary Barra e, por tabela, de Joe Biden.

Além de ter visto as vendas (e a reputação) afectadas por um recall do Chevrolet Bolt por risco de incêndio, a GM comercializou de Janeiro a Outubro de 2021 apenas 24.803 veículos eléctricos nos EUA. Não muito longe dos 21.703 modelos a bateria que a Ford vendeu nos EUA (55.000 no mercado global), mas muito menos do que os mais de 600.000 Tesla que a marca norte-americana colocou no mercado global.

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