Ganhou oito Bundesligas, venceu uma Liga dos Campeões e ainda um Mundial pela sua seleção. Foram mais os títulos de Philipp Lahm ganhou ao serviço da Alemanha e do yern Munique, mas estes dez já explicam a grande carreira que o defesa (ou médio, como quis Pep Guardiola) teve. Se olharmos para Ibrahimovic (40 anos) ou até Cristiano Ronaldo (36), talvez Lahm ainda pudesse jogar tendo em conta a idade, mas há quem possa escolher sair assim e sair por cima, a um bom nível, como sempre demonstrou. Este sábado era dia de Der Klassiker (O Clássico), o jogo grande do futebol alemão, mais um encontro entre Borussia Dortmund e Bayern Munique, separados por um ponto na Bundesliga à entrada para esta jornada. Numa recente entrevista, Lahm comentou o grande jogo do futebol alemão. Mas já lá iremos.

A equipa da Baviera liderava o campeonato alemão e apesar de não contar com o motor Kimmich (provavelmente o sucessor de Lahm) devido à Covid-19, procurava aumentar a vantagem para quatro pontos sobre o grande rival, enquanto o Dortmund de Raphaël Guerreiro queria virar o campeonato.

Com pelo menos três golos em nove dos últimos dez jogos entre os rivais, esperavam-se, ou pelo menos a estatística dizia que se esperavam, mais golos. E, para isso, quem melhor do que dois dos melhores avançados do mundo: Lewandowski, o tal que muitos acham ter sido roubado da Bola de Ouro, e Haaland, o norueguês de 21 anos que é o grande avançado da nova geração.

Sobre Haaland, nada melhor do que alguém que tenha sido um excelente defesa para falar sobre as dificuldades em travar um ponta de lança de tal categoria: “Não dá para detê-lo no um contra um e é geralmente assim com os melhores jogadores. O defesa mais próximo tem de chegar quando és ultrapassado. Tem de estar sempre presente. Isto, naturalmente, torna Haaland extremamente perigoso. Ele é muito forte, incrivelmente rápido e tem uma finalização mesmo muito boa. O Bayern tem de estar atento”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Mas, do outro lado, existe um tal de Robert Lewandowski, um dos finalizadores natos dos últimos anos. Mas Lahm não distingue nenhum, porque é “difícil, dado que ambos têm uma habilidade incrível”. “Acho que o Haaland é mais emotivo e pode levar os colegas mais longe, o que o tornar muito importante no Borussia Dortmund. Mas o desenvolvimento de Lewandowski tem sido inacreditável. Os dois jogam num nível muito alto e vamos ver quem nos encanta mais”, afirmou o antigo capitão de Bayern Munique e Alemanha.

Sobre o jogo, o alemão preferiu usar as estatísticas recentes e apesar de “achar que não um grande favorito desta vez”, diz que ao “olhar para trás e para os últimos cinco jogos da Bundesliga, o Bayern venceu todos e está no topo da tabela, pelo que é ligeiramente favorito”.

Uma coisa é certa: confirmou-se que há golos para dar e vender nos jogos entre Borussia Dortmund e Bayern Munique. O Signal Iduna Park festejou logo um golo aos 5′, quando Brandt marcou após assistência do prodígio Bellingham, mas um dos craques de quem Lahm tanto gosta, neste caso Lewandowski e provavelmente para felicidade do antigo defesa, empatou logo 4 minutos depois. O jogo voltava a estar empatado aos 9′ e um daqueles avançados já tinha feito o gosto ao pé.

Coman virou o jogo para o lado da equipa de Munique em cima do intervalo, mas no arranque o segundo tempo aconteceu outra inevitabilidade: um golo de Haaland. 2-2 e ainda praticamente 45 minutos para jogar. 

O jogo ficou decidido aos 77′, quando Lewandowski, quem mais, fez o 2-3, deu a vitória aos bávaros e colocou-os quatro pontos acima dos rivais na tabela da Bundesliga à jornada 14.