O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa está a investigar alegadas ligações de um dos principais suspeitos da Operação Miríade ao poder angolano, revela este sábado o semanário Expresso.

O suspeito em causa é um advogado, cuja identidade é apenas revelada pelo nome Artur A., que estará envolvido na rede alegadamente liderada pelo ex-comando Paulo Nazaré. O papel de tal advogado seria criar alegados esquemas de branqueamento de capitais em diversas operações financeiras concretizadas em Lisboa e em Luanda, tendo o montante total de tais operações alcançado diversos milhões de euros.

Um dos irmãos de Artur A. é membro do Conselho Económico e Social, um órgão da presidência da República de Angola que tem como papel aconselhar o presidente João Lourenço sobre matérias económicas, sociais e empresariais. Artur A. e o seu irmão serão sócios numa das empresas que estão a ser investigadas pelo DIAP de Lisboa: a Sublimedestino.

De acordo com o Expresso, um dos despachos do DIAP de Lisboa que faz parte dos autos da Operação Miríade revela que Artur A. tem “conhecimentos privilegiados” junto do poder económico e político angolano.

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