Por circunstâncias da própria competição, que durante vários anos permitia apenas a Portugal uma equipa na Liga dos Campeões, por demérito nacional na temporada em que podia colocar dois conjuntos na Final Four da competição e por condicionantes da pandemia que colocaram a última edição a ser disputada em sistema de Final Eight como nunca tinha acontecido, apenas por uma vez a Liga do campeão europeu e mundial de seleções conseguiu colocar duas equipas numa fase final, em 2010/11, na temporada a seguir ao título do Benfica no então Pavilhão Atlântico. Agora, essa oportunidade estava de novo em aberto.

Pareceu estar cedo “na mão”, mas acabou por ser sofrido: Benfica vence Levante e está na “final four” da Champions de futsal

A organizar os seus grupos da Ronda de Elite, Sporting e Benfica partiam esta semana para mais um dos vários objetivos da época. E tudo começara da melhor forma para as equipas nacionais, com os encarnados a fecharem na Luz o pleno de vitórias frente ao Levante e a juntar-se ao Barcelona entre os apurados para a Final Four. As outras duas vagas seriam disputadas pelos russos do Tyumen e os cazaques do Kairat Almaty (vitória do Tyumen por 3-2), e pelo Sporting e os russos do Ekaterinburg, no Pavilhão João Rocha.

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Confirmando aquilo que já se pensava no plano teórico, as duas equipas chegavam ao jogo decisivo do grupo B com duas vitórias em seis pontos diante dos croatas do Olmissum e dos neerlandeses do Hovocubo que tiveram apenas a única diferença de, no saldo entre golos marcados e sofridos, permitir aos leões jogar também com o empate por estarem melhor nesse capítulo (11-3 contra 8-3). Ao todo, o Sporting, que foi a quatro das últimas cinco finais e ganhou dois dos últimos três títulos, tentava a nona qualificação para os quatro melhores da Europa com o objetivo de revalidar o título, algo que só o Inter FS conseguiu.

No final, o objetivo voltou a ser alcançado mas com muitas dificuldades à mistura, chegando um empate a uma bola num jogo muito tático diante do conjunto de leste para assegurar a última vaga.

Depois de uma primeira parte sem golos, com oportunidades repartidas apesar do maior domínio global dos leões e marcada pela lesão do guarda-redes Guitta, que levou à entrada de Bernardo Paçó, foi preciso esperar quase até aos dez minutos finais para haver golos, neste caso com Waltinho a encostar ao segundo poste de cabeça após grande jogada de Alex Merlim no 1×1 descaído pela esquerda (31′). No entanto, o conjunto russo conseguiu empatar logo 69 segundos depois, lançando a partida para um epílogo de nervos adensada pela quinta falta verde e branca cometida a 3.50 minutos do último apito. Foi mesmo até ao final mas o conjunto de Nuno Dias segurou o empate, sendo o quarto qualificado para a Final Four.