A Smart, actualmente representada no mercado por dois modelos que nasceram com motores de combustão e que foram posteriormente transformados em eléctricos, está a atravessar um processo de substituição da gama. Para já, a primeira vítima é o EQ Forfour, a versão de quatro portas, que deixou de ser produzida ontem, 31 de Dezembro, e já foi retirado do configurador da Smart. Mas o EQ Fortwo, o modelo mais curto, de duas portas, vai conhecer em breve o mesmo destino, pois a fábrica que o produz, em França, já foi vendida aos ingleses da Ineos.

A Smart é um fabricante da Daimler, a casa-mãe da Mercedes, sempre em contínua transição. Já motivada por um corte nos custos de desenvolvimento e produção da última geração dos seus dois modelos (ainda à venda), a marca entregou o desenvolvimento do chassi e produção das mecânicas à Renault, construtor que assegurou igualmente a produção do Forfour nas suas instalações na Eslovénia (juntamente com o Twingo ZE). Agora dá mais um passo em frente, para se tornar mais competitiva e viável.

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A Geely, o maior accionista da Daimler, assinou uma parceria em que os alemães avançam com a marca e os chineses fornecem a plataforma, tecnologia, baterias, electrificação e estrutura de produção. Esta estratégia, que muitos acreditam poderá salvar a Smart, vai dar origem ao seu primeiro veículo: um SUV destinado a substituir o EQ Forfour, igualmente eléctrico, mas com uma plataforma específica, substancialmente mais comprido, mais largo, mais atraente e mais versátil. Argumentos que o podem tornar mais apetecível ao grande público.

As formas do Smart SUV já foram reveladas no Salão de Munique, em Setembro, através do protótipo Concept #1, mas o modelo de série apenas chegará ao mercado em 2023. E garantidamente possuirá uma bateria que lhe assegure mais do que os actuais 130 km em WLTP.

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