Os modelos da Ferrari são tão deslumbrantes na estética quanto sofisticados tecnologicamente na mecânica, o que os leva a figurar entre os melhores superdesportivos do mercado, pelo menos entre os que montam motores de combustão. O facto de os clientes fazerem fila para adquirir os modelos da marca, que se gaba de ter todas as unidades que consegue fabricar vendidas durante os próximos tempos, ajuda a manter os preços em alta e lucros a condizer.

Mas, à semelhança dos restantes construtores, também a Ferrari vai ter de enfrentar em breve a mudança que resulta da introdução de mecânicas 100% eléctricas alimentadas por bateria. Os responsáveis italianos concluíram que teriam mais hipóteses de sucesso se mudassem de administração, optando por gestores mais abertos a novas tecnologias.

A mítica fábrica da Ferrari, em Maranello, de onde saem todos os carros do construtor, sempre com cliente final

As alterações começaram por cima, uma vez que o CEO passou a ser Benedetto Vigna, recém-chegado de um fabricante de chips, a STMicroelectronics. A marca do cavallino rampante considera-o a pessoa ideal para dirigir a Ferrari rumo à conectividade e à mobilidade eléctrica. Além da entrada de pessoas novas, a estratégia passa igualmente pelo afastamento de trabalhadores mais antigos, “libertando” assim vários cargos intermédios de gestão, com a finalidade de tornar a Ferrari mais ágil na resposta às necessidades do futuro.

O novo CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, chegou à marca vindo de um fabricante de chips, a STM

Benedetto Vigna não saiu sozinho da STM, uma vez que levou consigo dois outros quadros. Mas há outros reforços na administração, a começar por Gianmaria Fulgenzi, o novo responsável pelo desenvolvimento do produto, que até aqui controlava o fornecimento do departamento de competição. Fará companhia aos também novos responsáveis pelos centros de investigação e desenvolvimento e chefe das compras e qualidade.

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