O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, disse esta sexta-feira que um aumento para 2% do PIB nos Estados-membros das despesas com a defesa se pode traduzir em mais 65 mil milhões de euros anualmente para este setor.

Em entrevista esta sexta-feira à rádio francesa Franceinfo, o comissário disse que caso os países europeus aumentassem o seu investimento na Defesa para o valor aconselhado pela NATO, cerca de 2% do PIB, a União Europeia teria disponíveis entre 65 a 70 mil milhões de euros a mais por ano para comprar armamento.

Apesar de investir mais na defesa do que a Rússia, o comissário europeu indicou que “tem de haver mais coordenação” entre os 27 de forma a “aumentar a eficácia” das forças europeias.

Breton considerou que a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro, acelerou “esta tomada de consciência” por parte dos parceiros europeus.

Estas declarações ocorreram à margem do Conselho Europeu, que termina esta sexta-feira em Versalhes, França, onde está prevista uma declaração que visa “aumentar substancialmente as despesas de defesa“, relembrando o compromisso de defesa mútua dos 27.

Este será um apelo importante especialmente para a Finlândia e a Suécia, dois Estados-membros que não pertencem à NATO e que recentemente foram alvo de ameaças por parte de Moscovo.

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