Portugal declarou como persona non grata 10 funcionários da missão diplomática da embaixada russa em Lisboa, dando-lhes duas semanas para abandonar o país, anunciou esta terça-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Em comunicado, o ministério liderado por João Gomes Cravinho explica que as “atividades” daqueles funcionários são “contrárias à segurança nacional” e refere que o Governo notificou o embaixador russo “esta tarde”.

Sublinhando que nenhum dos funcionários expulsos do país é diplomata de carreira, o Governo sublinha “a condenação, firme e veemente, da agressão russa em território ucraniano”.

A decisão do Ministério dos Negócios Estrangeiros português segue a linha de vários outros países europeus, que anunciaram a expulsão de diplomatas russos nos últimos dias.

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De acordo com uma contagem feita esta tarde pela agência de notícias francesa AFP, o número de diplomatas russos expulsos de vários países da União Europeia desde a invasão da Ucrânia ascende a pelo menos 260.

Uma medida que a presidência russa (Kremlin) lamentou, afirmando que isso só vai dificultar as possibilidades de comunicação a nível diplomático numa altura em que “as condições já estão difíceis”.

Isto “denota uma falta de visão que complicará ainda mais” as relações entre a Rússia e a União Europeia, declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

“E isso, inevitavelmente, levará a medidas de retaliação“, acrescentou.

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