O adiamento da receção ao Manchester City que poderá ter um enorme peso nas contas do título (esse será um dos encontros mais complicados no plano teórico para a equipa de Pep Guardiola, a par da partida em Londres com o West Ham) deixou o Wolverhampton com duas semanas de intervalo entre compromissos na Premier League, algo incomum nesta fase da temporada. E pelo meio as ambições do conjunto de Bruno Lage ficaram sobretudo balizadas na possibilidade de chegar ainda ao sexto lugar do Campeonato, tendo em conta o salto que Arsenal e Tottenham conseguiram ar na luta por uma vaga na Champions. O primeiro adversário nessa corrida era o Burnley, curiosamente falado esta semana por outras razões.

“Acho que ele está no melhor momento da carreira, devido ao que ele fez nestes anos no Sp. Braga. É o que o Carlos [Carvalhal] pode fazer por um clube. Tem uma boa equipa, foi a três finais, e em dois anos vendeu muitos jogadores e conseguiu reconstruir a equipa com muitos jovens jogadores. Não sabia que ele era um dos nomes apontados ao Burnley. Mas se o clube quer alguém com visão para reconstruir uma equipa, é claro que ele é um bom nome. Para qualquer equipa, não só para o Burnley”, salientou sobre as notícias que apontam o técnico português ao comando do conjunto que partia para esta ronda em zona de despromoção, a um ponto do Everton. E esse não foi o único assunto paralelo comentado pelo português.

“O clube quer que continue e o João [Moutinho] quer ficar. Estou muito feliz com ele. Enquanto estávamos a fazer um pequeno exercício no treino, ele tinha preparado a estratégia e o que era preciso para vencer. Quando, mesmo com 35 anos, queres vencer um exercício… É difícil encontrar homens como ele”, frisou sobre uma das dúvidas no plantel da próxima temporada por estar em final de contrato. Sobre o Burnley ou o jogo, pouco ou nada. Mas não era por isso que se avizinhavam facilidades para os Wolves.

A primeira parte teve o Wolverhampton com maior domínio de jogo na posse (62%) e nos passes completos (288-178) mas sem conseguir marcar tal como o Burnley, a jogar de forma mais direta e a terminar até com mais remates do que os visitantes (6-5). Raúl Jiménez (8′) e Jonny Castro (20′) tiveram as duas tentativas enquadradas dos 45 minutos iniciais após boas jogadas coletivas, sendo que os visitados conseguiram também já depois da meia hora duas boas chegadas à baliza do português José Sá.

O segundo tempo de uma partida que teve apenas três faltas até ao descanso começou de novo com os Wolves melhor em campo e a ameaçar a baliza de Nick Pope por Nelson Semedo mas seria o Burnley a chegar ao golo por Vydra, desviando ao primeiro poste um cruzamento da direita (62′). Abdicando de Fábio Silva e Saïss, Bruno Lage ainda lançou em campo Pedro Neto e Francisco Trincão mas não mais voltaria a entrar na partida, averbando a segunda derrota seguida pela margem mínima após Newcastle.

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