O facto de não estar vacinado contra a Covid-19 tem impedido Novak Djokovic de competir regularmente e de forma periódica, algo que até aqui servia como justificação para o facto de o tenista sérvio não estar propriamente a atravessar um período de enorme rendimento desportivo. Contudo, nas últimas horas, Djokovic revelou que tem tido dificuldades para ultrapassar as consequências deixadas por uma doença que não quis nomear.

Depois de perder a primeira final da temporada, no Open da Sérvia e contra o russo Andrey Rublev, o tenista reconheceu que nunca se tinha sentido tão fragilizado fisicamente. “Nunca me tinha acontecido. Primeiro foi em Monte Carlo, depois aqui [Sérvia]. Acho que está relacionado com a doença que tive, foi duro fisicamente. Suponho que o tempo de recuperação seja mais longo do que aquilo que esperava. Não me senti demasiado cansado até ao final do segundo set. Voltei depois de uma pausa médica e de mudar de roupa para tentar lutar pelo encontro mas só aguentei dois jogos. Lamento por toda a gente, porque não é algo agradável de se ver em campo. Sei que queriam ver-me a ganhar”, explicou Djokovic, dirigindo-se aos compatriotas sérvios que assistiram à final em Belgrado.

“Os jogadores não têm culpa.” Djokovic está contra a decisão de Wimbledon de banir tenistas russos e bielorrussos

Questionado sobre a “doença” que o terá deixado com sequelas, o tenista garantiu que não está relacionado com a Covid-19 — que o sérvio teve em 2020 e, segundo o que alegou para competir no Open da Austrália, novamente no final de 2021. “Não tem nada a ver com Covid. Não quero dar mais pormenores, acho que não é necessário. Mas afetou o meu corpo e o meu metabolismo durante várias semanas. Não tive tempo suficiente para me preparar para Monte Carlo mas queria muito jogar lá. Tenho de olhar para o lado positivo porque continuo a melhorar”, acrescentou Djokovic.

Entretanto, já esta terça-feira, o tenista ficou a saber que poderá defender o título em Wimbledon, uma vez que o Grand Slam britânico anunciou que irá permitir a participação de tenistas não vacinados — apesar de “encorajar naturalmente” a vacinação de todos os atletas, indicou Sally Bolton, a diretora executiva do All England Club. De recordar que, na semana passada, Djokovic mostrou-se contra a decisão de Wimbledon de impedir as inscrições de tenistas russos e bielorrussos na competição devido ao conflito militar que está a desenrolar-se na Ucrânia, defendendo que “os atletas não têm culpa”.

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