“Mercado? A mim não me cria preocupação nenhuma. A única coisa que posso prometer é que não há nenhum contacto de nenhum clube em relação ao Diogo Costa até hoje. Nem ele, nem ao Taremi, nem ao Toni Martínez. Houve uma oferta concreta, de um valor considerável, pelo Vitinha que nós não aceitámos e remetemos para a cláusula de rescisão, que é a única maneira de nos levar o jogador.”

A 15 de junho, por ocasião do anúncio do acordo de patrocínio da Betano ao FC Porto, Pinto da Costa, líder dos azuis e brancos, assumia uma proposta que tinha chegado e sido recusada pelo médio internacional. Não falou de clubes mas sabia que era de Inglaterra que surgiam os principais interessados no jogador que fez esta temporada a estreia pela Seleção. Não falou de mais pretendentes mas sabia também que era da Premier League que poderiam chegar os tais 40 milhões desejados. Duas semanas depois, esse valor vai mesmo chegar mas de outra proveniência, com Vitinha à espera para ser apresentado pelo PSG.

“Houve uma oferta considerável por Vitinha. Não aceitámos. Um euro abaixo da cláusula e não sai”, assegura Pinto da Costa

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Depois do acordo alcançado com o Arsenal para a venda de Fábio Vieira para o Arsenal por 35 milhões de euros fixos e mais cinco de variáveis (anunciado mais tarde mas “fechado” no dia seguinte a essa mesma conferência de imprensa onde marcou presença Pinto da Costa), a SAD azul e branca tentava ainda fazer mais uma venda para chegar aos tais 80 milhões de mais valias que Fernando Gomes, administrador da sociedade, tinha catalogado como “valor ideal”. E tudo apontava para que a mesma fosse de Vitinha. No entanto, foi recusando as primeiras abordagens dos parisienses, que pretendiam parcelar o pagamento dos 40 milhões da cláusula com apenas 25 milhões para já, dez milhões após 20 jogos realizados (que podiam ou não chegar antes do Mundial, em novembro) e cinco milhões a liquidar apenas em junho de 2023.

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O FC Porto mantinha essa postura não negocial após ter alienado Fábio Vieira um pouco abaixo da sua cláusula de rescisão (50 milhões), admitindo mesmo, se fosse o caso, a possibilidade de renovar contrato com o médio caso não saísse do Dragão este verão por forma a ficar com um ordenado mais próximo do peso que ganhou na equipa. Esta quarta-feira, Jorge Mendes, agente do jogador que funcionou também como intermediário das duas partes, conseguiu fechar um acordo com o PSG que permite que os portistas possam receber no imediato a verba da cláusula de rescisão, ficando apenas por realizar os habituais exames médicos por parte do jogador (que deve viajar nas próximas horas para França) para a oficialização do negócio. Caso tudo siga os trâmites habituais, a venda de Vitinha pode ser oficializada esta quinta-feira, o que faria com que essa verba entrasse no Relatório e Contas do exercício de 2021/22.

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Com o médio a juntar-se aos portugueses Nuno Mendes e Danilo (fala-se também da possibilidade de Renato Sanches rumar também ao campeão francês),  já depois da saída de Fábio Vieira, o FC Porto não espera perder mais nenhum habitual titular, apontando apenas para vendas ou empréstimos que estão a ser ponderados como Marchesín. No entanto, e como confirmou o Observador, já chegaram várias ofertas nos últimos dias ao Dragão, neste caso uma por Otávio que foi recusada pelos valores em causa que estava abaixo da dupla formada nos azuis e brancos e outra por Francisco Conceição que não obteve ainda resposta. A nível de entradas, e de acordo com a imprensa brasileira, as negociações por João Victor, central do Corinthians, têm avançado e o jogador de 23 anos pode ser um dos primeiros reforços para o eixo central recuado do plantel de Sérgio Conceição, que deve perder Mbemba a custo zero.

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Após ter sido campeão europeu da Youth League pelos dragões, Vitinha, que chegou ao clube da Casa do Benfica da Póvoa de Lanhoso ainda infantil, jogou nos juniores, na equipa B e na formação principal em 2019/20, sagrando-se campeão antes de rumar a Inglaterra por empréstimo ao Wolverhampton (22 jogos com um golo e uma assistência em 2020/21). Depois, a formação inglesa não exerceu a cláusula de opção que estava fixada nos 20 milhões de euros, o médio voltou ao Dragão, mostrou que merecia ser aposta, ganhou o lugar habitualmente de Sérgio Oliveira e acabou a época com quatro golos e outras tantas assistências em 47 jogos, conquistando nova dobradinha pelos portistas. Segue-se agora o PSG.