Ganhou a titularidade de forma indiscutível a um dos principais reforços da temporada (Wendell), assumiu uma preponderância cada vez maior na equipa, marcou o golo que selou a conquista do Campeonato em pleno Estádio da Luz frente ao Benfica, tornou-se um herói entre a nação azul e branca como se percebeu na consagração no Dragão, na Avenida dos Aliados e mais tarde na final da Taça de Portugal. Em condições normais, e perante as sondagens que tinham chegado à SAD do FC Porto, Zaidu era uma das melhores oportunidades de negócio este verão para os campeões nacionais perante a valorização que conseguiu na segunda metade da época. Hoje, poucos acreditam que chegue mesmo a sair. Não por falta de propostas mas perante o elevado número de propostas que têm chegado por outros jogadores do plantel.

A dupla maravilha está de saída e vai render 80 milhões: Fábio Vieira a caminho do Arsenal, Vitinha também esperado na Premier League

“Mercado? A mim não me cria preocupação nenhuma. A única coisa que posso prometer é que não há nenhum contacto de nenhum clube em relação ao Diogo Costa até hoje. Nem ele, nem ao Taremi, nem ao Toni Martínez. Houve uma oferta concreta, de um valor considerável, pelo Vitinha que nós não aceitámos e remetemos para a cláusula de rescisão, que é a única maneira”, tinha referido Pinto da Costa, presidente do FC Porto, na semana passada, à margem do anúncio do acordo de patrocínio com a Betano. No dia seguinte, Fábio Vieira deixava a Grécia, onde estava a passar férias, e seguia viagem para Londres, onde realizou exames médicos e chegou a acordo com o Arsenal para rumar à Premier League em 2022/23.

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A primeira venda ainda antes do fecho do exercício 2021/22 estava feita, juntando-se ainda ao montante pago pelo Liverpool em janeiro quando contratou Luis Díaz. No entanto, havia margem para mais uma saída, preferencialmente até ao final do mês. E essa “vaga” vai ser mesmo ocupada por Vitinha.

“Houve uma oferta considerável por Vitinha. Não aceitámos. Um euro abaixo da cláusula e não sai”, assegura Pinto da Costa

A primeira proposta que chegou pelo internacional português veio de Inglaterra, onde existia até mais do que um clube interessado no jogador com Manchester United e Arsenal à cabeça. Foi logo recusada. Se em relação a Fábio Vieira houve alguma abertura para negociar, com o esquerdino a ter uma cláusula de rescisão de 50 milhões mas a sair por 35 milhões mais cinco por objetivos (em termos individuais deverão ser atingidos de forma célere, ficando depois por ver os registos coletivos, nomeadamente uma qualificação para a Liga dos Campeões), no caso de Vitinha era a cláusula ou nada. E até quando Jorge Mendes, que está a conduzir as negociações, contactou os portistas dando conta da vontade do PSG em assegurar o médio pelos tais 40 milhões, ouviu a recusa de pagamentos a prestações – a cláusula a pronto ou nada.

A primeira confirmação já chegou: FC Porto anuncia “princípio de acordo” para venda de Fábio Vieira ao Arsenal

No meio desta possibilidade, aconteceu aquilo que a SAD dos azuis e brancos não acreditava que chegasse mesmo ao papel: uma proposta acima de todas as outras por Evanilson. O antigo avançado do Fluminense, por quem os dragões investiram 8,8 milhões de euros por 80% do passe comprado ao modesto Tombense, viu o Manchester United acenar com 60 milhões fixos mais cinco por objetivos, mostrando-se ainda na disposição de poder aumentar esse valor por um jogador que teve a melhor temporada no Dragão em 2021/22 com 21 golos e cinco assistências em 46 jogos mas que ainda aguarda pela primeira chamada à equipa principal do Brasil. Criou-se então uma espécie de impasse à espera da situação de Vitinha.

Se o PSG ou qualquer outro clube não chegasse à cláusula de rescisão, o médio poderia ficar, havendo até a possibilidade de renovar contrato para ficar com um dos maiores vencimentos do plantel, e o avançado estava na linha de saída; agora, perante a garantia de que o campeão francês vai bater os 40 milhões, a margem para recusar propostas por Evanilson (até determinado valor) aumenta. De recordar que, na apresentação de contas do exercício anterior, Fernando Gomes, administrador da SAD portista, tinha colocado um valor mínimo de encaixe de 50 milhões a nível de mais valias, falando também daquilo que seria o montante “ideal” de 80 milhões – uma fasquia atingida com a venda do internacional português.

Agora sim, é oficial: Luis Díaz no Liverpool por 45 milhões mais 15 por objetivos, FC Porto recebe 80% do valor

No entanto, o avançado brasileiro não é o único jogador a ser alvo de cobiça de algumas das principais ligas europeias. E é aqui que entronca a dúvida no mercado do FC Porto sobretudo em julho: 1) o clube terá capacidade para segurar todos os restantes jogadores que fizeram parte das opções iniciais em mais uma temporada de dobradinha ou haverá mais saídas perante ofertas irrecusáveis; 2) quem serão os sucessores para as vagas em aberto, sabendo-se apenas que David Carmo é a prioridade para render Mbemba no eixo central defensivo e que existirá também interesse no médio guineense Mady Camara, do Olympiacos.