Ready for Rishi. Prontos para Rishi. É com este slogan que o ministro das Finanças de Boris Johnson, um dos primeiros a abandonar o governo, anunciou a sua candidatura à liderança do Partido Conservador. Rishi Sunak, chancelor do Exchequer — o equivalente a ministro das Finanças português — promete “restaurar a confiança, reconstruir a economia e reunir o país”.

Sunak foi um dos primeiros ministros a demitir-se, ao mesmo tempo que Sajid Javid, que tinha a pasta da Saúde. A partir daí, as demissões foram em catadupa, terminando com a do próprio primeiro-ministro.

Quando abandonou o cargo, Sunak deixou claro por que motivo o fazia: “O público espera, com razão, que o Governo seja conduzido de forma adequada, competente e séria.” Por acreditar que “vale a pena lutar por esses padrões”, saiu do governo.

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Agora o discurso é outro. No vídeo partilhado no Twitter, Rishi Sunak começa por falar sobre a sua família e como ela chegou ao Reino Unido. “Foi a Grã-Bretanha, o nosso país, que lhes deu a eles e a milhões como eles a hipótese de ter um futuro melhor.” Frisando que a família é o mais importante para si, Sunak defende que as decisões tomadas agora “decidem se a próxima geração de britânicos também terá a hipótese de ter um futuro melhor”.

O seu discurso foi unificador. Além de afirmar que quer governar o país “na direção certa”, considerou que o país está farto de divisões. “A política no seu melhor é um esforço unificador, e passei minha carreira a aproximar pessoas porque essa é a única maneira de ter sucesso.”

Ministro da Defesa favorito para suceder a Boris Johnson

Pouco depois de ter anunciado a sua candidatura, os apoios a Rishi Sunak entre membros do Parlamento começaram a acumular-se. Ao mesmo ritmo, surgiram também as desconfianças de como conseguiu o antigo ministro das Finanças montar um vídeo tão profissional em tão pouco tempo. 

A BBC News avança mesmo que o website criado para a campanha, o Ready4Rishi.com, foi registado na quarta-feira, 6 de julho — um dia depois da demissão do ministro, mas antes de o primeiro-ministro ter renunciado à liderança do Partido Conservador.