A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, negou em entrevista à CNN que tenha recusado o envio de meios aéreos para combater o incêndio de Palmela — como alegado durante o dia pelo presidente da corporação local de Bombeiros Voluntários. “Absolutamente falso”, respondeu a governante.

Patrícia Gaspar garantiu que “não são os membros do Governo que acionam meios aéreos ou terrestres para um incêndio florestal. É uma prerrogativa que assiste exclusivamente à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. E esses são procedimentos na sua maioria automáticos, que não requerem sequer esse tipo de validação”.

A secretária de Estado explicou então o que justificou a ausência de meios aéreos pesados de combate em Palmela: “O incêndio iniciou-e na pior altura do dia. No período das 15h apareceram em simultâneo 79 ocorrências. Quando deflagra o incêndio em Palmela, há aviões empenhados noutras ações de combate“.

Foram mobilizados dois helicópteros. A partir do momento em que houve disponibilidade de meios aéreos pesados, estes foram acionados para o local”, acrescentou a governante.

Patrícia Gaspar rejeitou ainda que a falta de meios seja a principal dificuldade no combate aos incêndios: “Gerir os meios é um enorme desafio, num cenário que é tão difícil, em que os incêndios começam com uma velocidade e força fora do normal. Não diria que há falta de meios, há um desafio acrescido em gerir todos estes meios que são necessários no teatro de operações”.

Questionada sobre se há fiscalização suficiente, Patrícia Gaspar notou: “Não consigo ter um polícia atrás de cada português e um bombeiro atrás de cada árvore”. E pediu a todos que se “afastem das zonas florestais” e que, nos casos em que não se possam afastar, digam “não ao uso de fogo ou a qualquer comportamento que possa constituir um risco acrescido“.

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