Três meses — de maioria absoluta e de muita tensão no seio do Governo — levaram a uma queda na popularidade do PS. Pelo menos é isso que indica a mais recente sondagem da Aximage para DN, TSF e JN divulgada este domingo: se as eleições fossem hoje, os socialistas conquistariam 35,8% dos votos (bem abaixo dos 41,4% que obtiveram em janeiro).

A descida dos socialistas é acompanhada por uma subida dos sociais-democratas, que passam dos 27,7% de janeiro, que ditaram a queda de Rui Rio, para uns mais generosos 30,1%. Ainda assim, quando a questão passa pela popularidade do novo líder do PSD, Luís Montenegro, as notícias não são boas, pelo menos para já: nestes primeiros dias de liderança, Montenegro não consegue passar no teste da popularidade (o saldo das avaliações dos inquiridos dá um ponto negativo).

A sondagem traz ainda outra novidade: se as eleições fossem hoje, esquerda e direita parlamentar valeriam ambas exatamente 46 pontos, o que viria complicar a governabilidade do país e trazer a possibilidade de novas geringonças, de um lado e do outro (neste caso, o PSD dependeria do Chega para governar).

Mas as eleições estão longe — a data expectável será 2026 — e, com maioria absoluta, não há para já motivos para que possam acontecer antes de tempo. Até ver, o PS segue à frente, com seis pontos de distância para o PSD; continua a seguir-se o Chega, que cresce em relação às legislativas de janeiro e tem agora 10,2% das intenções de voto; Iniciativa Liberal consegue 6,1% e a esquerda continua em baixa (Bloco de Esquerda com 5,6% e o PCP tem 3,3% dos votos, uma queda significativa face aos já baixos 4,3% obtidos em janeiro).

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