Uma sondagem divulgada este domingo pelo Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF coloca o Partido Socialista como favorito à vitória nas eleições de 9 de junho, com uma vantagem de mais de seis pontos percentuais face ao segundo classificado, a Aliança Democrática.

De acordo com o inquérito, que foi realizado pela Aximage com base numa amostra representativa da população portuguesa de 811 entrevistados (ficha técnica completa aqui), o Partido Socialista fica na frente com 31,3% das intenções de voto.

Segue-se a Aliança Democrática, com 24,8% dos votos. O terceiro classificado é o Chega, que consolida a posição como terceira força política portuguesa e obtém 18,4% das intenções de voto, fechando o pódio com uma diferença muito significativa para os restantes partidos.

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O quarto classificado é o Bloco de Esquerda, com 5,9% das intenções de voto, seguindo-se a Iniciativa Liberal com 5,8%, a CDU com 4,1%, o Livre com 3,6% e o PAN com 1,8%.

No que toca à distribuição dos 21 eurodeputados a que Portugal tem direito no Parlamento Europeu, o PS ficaria com sete parlamentares (perdendo dois relativamente aos que conquistou nas últimas europeias). Já a Aliança Democrática ficaria com seis (menos um do que a soma de PSD e CDS em 2019).

O Chega ficaria com quatro eurodeputados. Seria o crescimento mais significativo, já que nas europeias de 2019 o partido de André Ventura não foi capaz de eleger nenhum eurodeputado: naquelas eleições, o partido ainda se encontrava em processo de legalização, pelo que se associou ao Partido Popular Monárquico para uma coligação intitulada “Basta” — que não foi além dos 1,49%.

Os eventuais quatro eurodeputados do Chega, que se estreiam no Parlamento Europeu, deverão integrar o grupo europeu Identidade e Democracia, que já alberga vários dos partidos da direita radical da Europa, incluindo a União Nacional, de Marine Le Pen, ou a Liga, de Matteo Salvini.

Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal, CDU e Livre deverão ficar com um eurodeputado cada um. Já o PAN não deverá ser capaz de eleger um único eurodeputado.

O Diário de Notícias aponta ainda dois dados que podem ter relevância na análise dos resultados.

Por um lado, a vantagem significativa registada pelo PS relativamente à AD (que contraria os resultados das legislativas recentes) parece ter origem no eleitorado masculino, em que se registou uma vantagem de 12 pontos percentuais para os socialistas, enquanto no eleitorado feminino existe um empate entre as duas forças.

Por outro lado, o período de recolha dos dados para este estudo coincidiu justamente com a polémica em torno da descida do IRS, tendo terminado antes do último Conselho de Ministros, o que poderá ter afetado negativamente a imagem da Aliança Democrática.