Chamavam-lhe o “plano Alonso”. Que até começou de uma forma prometedora, que teve depois uma fase onde nada corria bem, que estabilizou nas últimas corridas com oito corridas consecutivas sempre no top 10 com grandes registos em algumas qualificações e cinco provas concluídas entre os oito primeiros. Ao contrário do companheiro de equipa, Esteban Ocon, o espanhol era mais do que um piloto na Alpine, nem tanto a nível de resultados mas a nível de desenvolvimento do carro e experiência em pista. No entanto, e ao contrário do que se poderia pensar, a ligação estava datada e vai acabar no final da temporada da forma mais surpreendente possível: o bicampeão mundial de Fórmula 1 vai para a Aston Martin em 2023.

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“A Aston Martin está claramente a aplicar a energia e o compromisso para ganhar e, por isso, é uma das equipas mais emocionantes da atualidade na Fórmula 1. Conheço o Lawrence [Stroll] e o Lance [Stroll] há muitos anos e é óbvio que têm a ambição e a paixão para triunfarem na Fórmula 1. Vi como a equipa tem atraído sistematicamente grandes pessoas com espírito ganhador e estou consciente do enorme compromisso com as novas instalações e recursos em Silvestone porque ninguém na Fórmula 1 está a demonstrar esta maior visão e compromisso absoluto com a vitória. Por isso, é uma oportunidade muito emocionante para mim”, comentou nas primeiras palavras como reforço da equipa britânica.

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“Continuo a ter a mesma fome e ambição de lutar para estar na frente e quero fazer parte de uma organização que está comprometida com a aprendizagem, o desenvolvimento e o êxito, se bem que todos temos consciência de que falta ainda muito para chegar a esse ponto e devemos aplicar todas as nossas energias no trabalho conjunto para encontrar o rendimento. A paixão e o desejo de render que presenciei convenceram-me para que continue a aproveitar e a ter o compromisso com este desporto. Tenho a intenção de voltar a ganhar neste desporto e tenho de aproveitar as oportunidades que me parecem mais adequadas para procurar esse objetivo”, acrescentou o piloto espanhol a esse propósito.

Fernando Alonso estreou-se na Fórmula 1 pela Minardi em 2001, passando depois para a Renault tendo uma primeira temporada apenas como piloto de testes. Foi na equipa francesa que ganhou os dois títulos de campeão, em 2005 e 2006. No ano seguinte esteve na McLaren, mudando depois para a Ferrari em 2010 após mais duas temporadas na Renault, ficando três vezes em segundo lugar pelo conjunto italiano até 2015. Em 2017, pela McLaren, o espanhol fez a última época antes de novos desafios no mundo dos motores (incluindo a participação no Dakar). Em 2021 voltou via Alpine até nova mudança em 2023, sendo nesta fase o décimo classificado do Mundial com 41 pontos conseguidos em 13 corridas realizadas.