O avião que transporta a líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, aterrou em Taiwan. O voo tinha o código SPAR19 e a rota foi seguida por mais de 200 mil pessoas através da página de internet norte-americana Flightradar24.

Logo após a chegada, Nancy Pelosi publicou um comunicado na sua página oficial onde defende que a sua visita a Taiwan “honra o compromisso inabalável dos Estados Unidos em apoiar a vibrante democracia” dessa região.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China já condenou a visita de Nancy Pelosi a Taiwan dizendo que a mesma enviou “sinais errados” às forças separatistas que almejam a “independência de Taiwan”. Segundo agência de notícias chinesa CGTN, o ministério disse ainda que protestou junto das instâncias oficiais norte-americanas.

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De acordo com a televisão chinesa, vários caças chineses atravessaram o estreito de Taiwan na mesma altura em que o avião que transportava a líder do Congresso norte-americano entrava em espaço aéreo da região. A mesma fonte indica que as sirenes de defesa foram acionadas na região de Fujian, na China, nessa mesma altura.

A imprensa norte-americana avançou, na semana passada, a possibilidade de a viagem à Ásia de Pelosi passar por Taiwan, sendo que tanto representantes militares como civis chineses têm alertado para as possíveis consequências da visita da responsável norte-americana.

Um vídeo transmitido esta terça-feira nas redes sociais mostra imagens alegadamente gravadas nas praias de Pingtan, perto de Xiamen, com veículos militares a desfilar perante o olhar atónito dos banhistas.

Nancy Pelosi está na Ásia em visita oficial e anunciou que a visita passará por países como Singapura, Malásia — de onde partiu esta terça-feira-, Indonésia, Coreia do Sul e Japão, sem nunca ter referido Taiwan.

A China reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá, em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.

Taiwan, com quem o país norte-americano não mantém relações oficiais, é uma das principais fontes de conflito entre a China e os EUA, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar em caso de conflito com o gigante asiático.