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Luzes de Pote, câmara de Vitinha, ação de thriller (a crónica do Sp. Braga-Sporting)

Este artigo tem mais de 1 ano

Na Pedreira, o Sporting esteve a ganhar três vezes mas permitiu o empate do Sp. Braga outras três vezes, não evitando a igualdade num enorme jogo de futebol que abre apetite para o Campeonato (3-3).

O jovem avançado foi dos melhores da equipa de Artur Jorge contra o Sporting
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O jovem avançado foi dos melhores da equipa de Artur Jorge contra o Sporting

EPA

O jovem avançado foi dos melhores da equipa de Artur Jorge contra o Sporting

EPA

Era uma simples questão de ver o copo meio cheio ou meio vazio. Por um lado, o Sporting estreava-se na Primeira Liga enquanto o único dos “três grandes” que perdeu na apresentação, depois das goleadas do Benfica e do FC Porto e desde logo contra o Sp. Braga e na Pedreira. Por outro lado, o Sporting tinha a oportunidade de começar a Primeira Liga com uma vitória importante, de responder da melhor forma aos resultados dos rivais e de mostrar desde já que é novamente candidato à conquista do título.

A diferença entre o copo meio cheio e o copo meio vazio, porém, dependia dos 90 minutos na Pedreira. Depois de um verão em que perdeu Feddal, João Palhinha e Sarabia, essencialmente, e contratou Franco Israel, St. Juste, Morita, Rochinha e Trincão, o Sporting iniciava uma temporada em que mantém a raiz da equipa, muito assente na identidade de Rúben Amorim, e onde procura reconquistar o título e voltar a impressionar na Liga dos Campeões. O primeiro obstáculo, esse, era um Sp. Braga que trocou Carlos Carvalhal por Artur Jorge, que viu David Carmo sair para o FC Porto e que ainda deve ver Ricardo Horta sair para o Benfica mas que continua a querer intrometer-se nas primeiras três posições do Campeonato.

Ficha de jogo

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Sp. Braga-Sporting, 3-3

1.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Municipal de Braga, em Braga

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)

Sp. Braga: Matheus, Víctor Gómez (Fabiano, 44′), Tormena, Niakaté (Álvaro Djaló, 85′), Sequeira, Iuri Medeiros (Rodrigo Gomes, 45′), Al Musrati, André Horta (Castro, 67′), Ricardo Horta, Vitinha, Simon Banza (Abel Ruiz, 85′)

Suplentes não utilizados: Tiago Sá, Paulo Oliveira, Diogo Lainez, Gorby

Treinador: Artur Jorge

Sporting: Adán, Gonçalo Inácio, Coates, Matheus Reis, Pedro Porro (Rochinha, 78′), Matheus Nunes, Morita (Manuel Ugarte, 60′), Nuno Santos (Jeremiah St. Juste, 60′), Trincão (Ricardo Esgaio, 85′), Paulinho (Marcus Edwards, 60′), Pedro Gonçalves

Suplentes não utilizados: Franco Israel, Fatawu, José Marsà, Flavio Nazinho

Treinador: Rúben Amorim

Golos: Pedro Gonçalves (9′), Simon Banza (14′), Nuno Santos (18′), Niakaté (45+1′), Marcus Edwards (82′), Abel Ruiz (88′)

Ação disciplinar: a Niakaté (22′), a Al Musrati (24′), a Matheus Nunes (68′), a Pedro Gonçalves (74′)

“Não vi os rivais, foquei-me muito naquilo que estamos a fazer e muito naquilo que o Sp. Braga fez. Sabemos os resultados, obviamente. O Benfica está bem, marca muitos golos, e o FC Porto é o FC Porto, campeão nacional e candidato forte. Os três clubes partem mais ou menos em igualdade, sabendo que uma equipa é campeã, outra não vence há algum tempo e nós também não vencemos há algum tempo porque não o fazemos há um ano e queremos voltar a fazê-lo. Tudo pode mexer com este início mas acho que há três candidatos neste momento, sabendo que o FC Porto parte um bocadinho à frente por ser campeão”, disse Amorim na antevisão da partida, numa conferência de imprensa onde também confirmou que Bruno Tabata vai deixar Alvalade e rumar ao Palmeiras de Abel Ferreira.

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Assim, este domingo, o Sporting apresentava-se com dois reforços no onze inicial: Morita, que tem aproveitado os recentes problemas físicos de Ugarte para se evidenciar, e Trincão, que aparecia no trio ofensivo em conjunto com Pote e Paulinho. Na baliza, Adán era mesmo a grande surpresa depois de ter sofrido uma lesão nos últimos dias da pré-época, tendo recuperado a tempo de ser titular na primeira jornada da Liga. Do outro lado, Artur Jorge dava a titularidade aos reforços Víctor Gómez, Niakaté e Banza e ainda contava com Ricardo Horta, num dos últimos — ou mesmo o último — jogos do avançado português pelo Sp. Braga.

Numa primeira parte que terminou empatada e que mostrou aquilo que de melhor há na Primeira Liga, Pedro Porro foi o primeiro a ameaçar o resultado com um livre direto que passou muito perto da trave da baliza de Matheus (2′). O jogo começou com muita intensidade e diversos duelos na zona do meio-campo e o Sporting acabou por chegar à vantagem graças à clarividência de Matheus Nunes, que durante a meia-hora inicial encheu o campo e demonstrou uma disponibilidade física que não se viu na pré-época. O jovem médio lançou Porro na direita e o espanhol cruzou para o poste mais distante, onde Pote apareceu a encostar para abrir o marcador e voltar a fazer o primeiro golo dos leões no Campeonato (8′), algo que já tinha acontecido na época passada.

A vantagem leonina, porém, durou pouco mais de cinco minutos. Na sequência de um livre cobrado de forma rápida na esquerda do ataque do Sp. Braga, Ricardo Horta desequilibrou e soltou Simon Banza, que sem grande oposição e com um remate já em esforço conseguiu bater Adán e estrear-se a marcar no dia em que também se estreou pelos minhotos de forma oficial (14′). O encontro da Pedreira estava a um ritmo alucinante — algo a que também não são alheias algumas fragilidades defensivas das duas equipas — e, ainda antes de estarem cumpridos 20 minutos, Nuno Santos repôs a vantagem do Sporting. Matheus Nunes, novamente, virou o jogo da direita para a esquerda com um passe brilhante e o ala leonino, com um pontapé de primeira que bateu no relvado para ganhar altura, surpreendeu o guarda-redes minhoto (18′).

O jogo acalmou após o segundo golo dos leões, até porque o Sporting procurou essa quebra de ritmo e alguma gestão do resultado com bola, e foi precisamente a equipa de Rúben Amorim a criar as melhores oportunidades neste período, com um pontapé de Paulinho por cima (29′) e uma ocasião em que Trincão atirou por cima à saída de Matheus (37′). Artur Jorge teve de fazer uma substituição forçada nesta altura, com Víctor Gómez a lesionar-se e a permitir a entrada de Fabiano, e o Sp. Braga ia tentando criar perigo principalmente a partir da pressão alta e individualizada, algo que estava a criar muitos erros na saída de bola dos leões e onde Vitinha se evidenciava.

Já nos descontos da primeira parte, numa altura em que o resultado ao intervalo parecia decidido, os minhotos conseguiram mesmo chegar novamente ao empate. De bola parada, a partir de um livre cobrado na esquerda do ataque, Niakaté fugiu a Matheus Reis no poste mais distante e cabeceou para igualar o resultado (45+1′). O Sp. Braga ainda carregou nos instantes finais do primeiro tempo, até porque o Sporting perdeu ligeiramente o norte após sofrer o segundo golo e continuava com várias indefinições defensivas, mas a equipa de Rúben Amorim conseguiu segurar a igualdade no marcador até ao intervalo.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sp. Braga-Sporting:]

Artur Jorge decidiu mexer logo ao intervalo e trocou Iuri Medeiros por Rodrigo Gomes, com o jovem avançado a ocupar a posição de ala direito. O Sporting procurou ter mais posse e atacar com um futebol apoiado, de forma a capitalizar as movimentações sem bola que Trincão ia realizando entre a defesa adversária, e o Sp. Braga reagiu taticamente ao colocar Ricardo Horta a jogar mais por dentro, potenciando a exploração da profundidade por parte de Sequeira. O capitão minhoto teve uma ótima oportunidade para marcar, quando apareceu sozinho à entrada da grande área após um erro de posicionamento da defesa leonina, mas atirou por cima (54′).

Consciente de que a equipa precisava de um abanão, Rúben Amorim promoveu uma tripla alteração: saíram Nuno Santos, Morita e Paulinho, entraram St. Juste (que se estreou de forma absoluta pelo Sporting), Ugarte e Marcus Edwards, com Matheus Reis a passar para a ala esquerda e o avançado inglês a atuar enquanto falso ‘9’. Artur Jorge trocou André Horta por Castro e o jogo tornou-se mais anárquico, com os leões a terem mais bola e maior presença no meio-campo adversário mas o Sp. Braga a demonstrar-se mais dinâmico e reativo, criando muito perigo sempre que acelerava.

Rúben Amorim trocou Porro por Rochinha já no último quarto de hora, passando Trincão para o corredor direito, e o avançado ex-V. Guimarães acabou por fazer a diferença: pegou na bola na esquerda, entrou na grande área, tirou três adversários da frente mais com o corpo do que com os pés e assistiu Edwards no poste mais distante, com o inglês a dominar e a bater Matheus (82′). Amorim reagiu de imediato e tirou Trincão para colocar Esgaio e fechar o corredor direito, enquanto que Artur Jorge lançou Álvaro Djaló e Abel Ruiz — e os homens saídos do banco voltaram a fazer a diferença. Djaló acelerou na esquerda, deixou Esgaio para trás e cruzou atrasado para a área, onde Ruiz só teve de atirar de primeira para empatar novamente o encontro (88′).

Até ao fim, já nada mudou. O Sporting esteve a ganhar três vezes mas permitiu sempre o empate do Sp. Braga e não foi além de uma igualdade na Pedreira, ficando desde já com menos dois pontos do que Benfica e FC Porto na jornada inaugural do Campeonato. Num jogo em que Pote voltou a mostrar que está num bom momento e em que Vitinha foi a cara do ADN minhoto, dificilmente poderia ter existido melhor encontro para a primeira jornada da Liga e para aquilo que se pede do futebol português.

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