Entre ministros e secretários de Estado, são 56 os membros do Governo que têm de entregar a declaração de registo de interesses na Assembleia da República. Contudo, até ao prazo indicado apenas 23 elementos a submeteram no sistema informático do Parlamento, fazendo com que quase dois terços tenham entregue a sua declaração fora do prazo, noticia o Público.

A referida declaração tem de ser submetida à Assembleia da República até 60 dias depois da tomada de posse do executivo, ou seja, 30 de maio. Segundo o relatório final do grupo de trabalho do registo de interesses aprovado na última reunião da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados terão sido entregues 23 declarações até à data limite e as restantes até 27 de julho. No entanto, segundo as assinaturas digitais dos documentos no site do Parlamento, o jornal concluiu que só 18 documentos foram submetidos até ao final do prazo. Porém, acrescenta que a discrepância pode resultar do facto de alguns governantes terem feito alterações à declaração inicial e a segunda versão ter entrado depois de 30 de maio.

O primeiro-ministro António Costa, o ministro das Finanças e as ministras dos Assuntos Parlamentares, do Trabalho e da Saúde são os cinco ministros que entregaram a declaração dentro do prazo. O formulário deve conter cargos, funções e atividades exercidos nos últimos três anos e ainda cargos sociais e a identificação de sociedades nas quais o governante (e o cônjuge) tenha participação.

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