Tudo começou com um processo levantado pelo Wettbewerbszentrale, instituição que visa combater a concorrência desleal. Esta organização alegou que os termos “Autopilot” e “Full Self-Driving” utilizados pela Tesla eram abusivos, uma vez que apenas permitiam os níveis de automatismo 2 ou 2,5, no primeiro caso, e nível 3 no segundo. Curiosamente, esta mesma organização, que se revelou muito apegada às designações dos sistemas e dos equipamentos, ainda não achou estranho o facto de o Porsche Taycan ter uma versão denominada Turbo e outra Turbo S, sem que qualquer uma delas possua um… turbo.

Em 2020, um tribunal de primeira instância de Munique decidiu que designações comerciais utilizadas pela Tesla poderiam dar origem a interpretações erróneas em relação às reais capacidades dos sistemas, que continuam a ser de ajuda ao condutor, como vem no manual de instruções do fabricante. A Tesla nunca retirou a informação do seu site e apelou da decisão em 2021.

A Teslamag afirma agora que o tribunal de segunda instância confirmou o direito do construtor norte-americano em utilizar a denominação para o equipamento com que o promove no resto do mundo, uma vez que no site da marca (e no material promocional) está bem claro que os sistemas não são completamente autónomos.

Contudo, o tribunal vai obrigar a Tesla a ser mais específica na promoção dos Autopilot e FSD. Não em relação ao potencial dos sistemas ou à sua forma de funcionamento, mas sim no que diz respeito à sua disponibilidade. A marca passa a não poder apenas informar que “o FSD deverá estar disponível no final do ano”, sendo obrigada a avançar com uma data mais precisa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR