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Afinal, é preciso mais para Taremi cair (a crónica do FC Porto-Desp. Chaves)

Este artigo tem mais de 1 ano

Foi expulso em Madrid, tornou-se alvo de várias críticas e Conceição falou numa campanha. O que mexeu com o iraniano? Nada. E o golo e a assistência no Dragão confirmaram o seu melhor arranque (3-0).

Taremi voltou a ser a grande figura do FC Porto, levando nesta altura seis golos e duas assistências em oito jogos oficiais
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Taremi voltou a ser a grande figura do FC Porto, levando nesta altura seis golos e duas assistências em oito jogos oficiais

DeFodi Images via Getty Images

Taremi voltou a ser a grande figura do FC Porto, levando nesta altura seis golos e duas assistências em oito jogos oficiais

DeFodi Images via Getty Images

A estratégia foi montada quase na perfeição, a execução só não esteve ao mesmo nível porque Oblak e a falta de eficácia foram adiando o golo inaugural, as únicas más notícias estavam ligadas à lesão de Otávio e à expulsão por acumulação de amarelos de Taremi. Depois, tudo ruiu. E ruiu em dois capítulos que são no mínimo pouco habituais desde que Sérgio Conceição assumiu o comando do FC Porto: numa primeira fase, a consentir um golo nos descontos; num segundo ponto, a sofrer mais um golo depois de ter chegado ao empate, quando os descontos sobre os descontos estavam a acabar e na sequência de uma bola parada.  “A derrota com o At. Madrid não tem nada que ver com o Campeonato. O estado de espírito não é o melhor porque perdemos um jogo que podíamos ganhar mas ficámos mais convencidos que teremos uma palavra a dizer nesta fase de grupos da Liga dos Campeões”, resumiu sobre isso, focando depois noutras vertentes.

FC Porto vence Desp. Chaves e sobe à condição ao segundo lugar da Liga com golo e assistência de Taremi

“Ausência de Otávio? Ele é um jogador chave, o que me conhece há mais tempo, trabalha comigo há sete anos. É um jogador-treinador e tiro-lhe o moral nos treinos para ele não me passar. Ele amua, é chato, mas eu gosto… É um jogador que conhece todo o jogo que eu quero, mas não está ele, estarão outros. A forma como vamos atuar pode modificar um pouco”, referiu sobre a lesão do internacional português.

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“Se falei com o Taremi? Converso com todos os jogadores, com ele também. Sobre dados e indicadores físicos porque é um atleta fantástico. Está no top 3 de atletas com mais sprints, no top de avançados com mais recuperações de bola no meio-campo ofensivo, além de ser goleador e fazer assistências. É sobre isso que falo com os nossos atletas. Críticas pelo lance da expulsão? Não tive tempo de ver as redes sociais, não sei o que ele escreveu. Um profissional de futebol tem de estar habituado. Obviamente há toda uma campanha e não vou estar a falar senão os comentadores vêm todos para cima de mim. Olho para outros países e sigo algumas emissões e alguns programas após o jogo e é sempre uma delícia. Falam do que foi a bravura em termos táticos, do que foi a qualidade de um jogador que teve. Aqui não, aqui falamos do levantar o braço do Conceição, do Sérgio Conceição que deu uma dura ao jogador”, salientou também, numa ideia a propósito do internacional iraniano que já na época passada tinha sido expressada.

Ao contrário do que aconteceu em Vila do Conde, onde o FC Porto teve a pior primeira parte em mais de cinco anos com o técnico, o desaire do Atl. Madrid deixava sobretudo mais frustração do que preocupação. Sérgio Conceição admitiu que houve falta de concentração no 2-1 de Griezmann mas gostou daquilo que foi o rendimento global da equipa, olhando para a receção ao Desp. Chaves como uma oportunidade para dar a volta no regresso ao Dragão tendo em conta também o próximo compromisso a meio da semana frente ao Club Brugge. “Estamos preparados com as diferentes soluções que temos no plantel. Colocarei os 11 que estão melhor para ir a jogo e os cinco reforços que costumam dar uma resposta positiva durante o jogo para podermos ganhar”, referiu. Também aí, e num plano mais individual, existiam duas respostas a dar: como substituir Otávio na equipa e como “recuperar” Taremi depois do que aconteceu em Espanha.

A ausência do médio acabou por fazer-se sentir em vários momentos. Não que Pepê tenha feito um mau jogo em funções semelhantes a Otávio (e sempre a jogar por dentro com João Mário a dar profundidade, ao contrário do que se passa à esquerda onde Galeno cola mais na linha) mas as ligações ao ataque não foram saindo, as compensações defensivas e o jogo sem bola baixou de qualidade e a própria equipa ficou refém dessa falta de referências até pela ausência de Pepe no banco. Em contrapartida, Taremi demorou pouco a encontrar a sua zona de conforto: marcou a abrir, ouviu todo o Dragão a cantar o seu nome, confirmou o melhor arranque em Portugal a nível de golos e ainda fez a assistência para o segundo golo antes de ser substituído e ouvir nova ovação. Para cair, é preciso mais. E a expulsão não o fez “cair”.

Ficha de jogo

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FC Porto-Gil Vicente, 3-0

6.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: António Nobre (AF Leiria)

FC Porto: Diogo Costa; João Mário (André Franco, 60′), Fábio Cardoso, David Carmo, Wendell; Uribe, Eustáquio, Pepê (Rodrigo Conceição, 84′), Galeno (Gabriel Veron, 75′); Taremi (Gonçalo Borges, 84′) e Toni Martínez (Evanilson, 60′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Pepe, Grujic e Danny Loader

Treinador: Sérgio Conceição

Desp. Chaves: Paulo Vítor; João Correia, Nélson Monte, Steven Vitória, Bruno Langa; Guima (Morim, 53′), João Mendes, João Teixeira; Jonny Arriba (Luther Singh, 65′), Héctor Hernández (Jô Batista, 84′) e Juninho (Benny, 84′)

Suplentes não utilizados: Gonçalo Pinto, Habib, Sandro Cruz, Carlos Ponck e Queirós

Treinador: Vítor Campelos

Golos: Taremi (3′), Evanilson (70′) e André Franco (82′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Guima (27′), Uribe (28′), Morim (67′) e Nelson Monte (80′)

À semelhança do que tinha acontecido noutros jogos no Dragão, a entrada seria determinante para ditar depois que tipo de encontro o FC Porto conseguiria fazer contra os transmontanos e o golo foi de tal forma rápido que apanhou desprevenido o próprio canal da transmissão, que resolvia alguns problemas técnicos que tinham retirado a imagem: já depois de Wendell em boa posição perto da área que ficou na barreira (2′), João Mário desceu bem pela direita, mesmo pressionado conseguiu tirar um cruzamento para a zona de finalização, Toni Martínez não conseguiu um primeiro desvio para a baliza mas Taremi, isolado, só teve de encostar para o 1-0 (3′). O iraniano ficou depois no chão por um choque com Paulo Vítor, Pepê foi também assistido por um lance com Guima a meio-campo, mas nem essas paragens cortaram a corrente ofensiva aos portistas, que viram o guarda-redes flaviense tirar o segundo golo a Galeno (11′).

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do FC Porto-Desp. Chaves em vídeo]

As oportunidades foram continuando a surgir. Umas por demérito da defesa, como aconteceu num lance em que Paulo Vítor atroplelou o companheiro Nelson Monte num cruzamento, deixou sair a bola das mãos mas travou de seguida o remate de João Mário (18′). Outras não concluídas, como aconteceu com Hector Hernández por mais do que uma vez na área ao não conseguir desviar da melhor forma mais um grande cruzamento do lateral João Correia (que continua a fazer jogos que deixam adivinhar que não ficará muito mais tempo em Trás-os-Montes). Outras ainda por mérito dos avançados, como aconteceu com Galeno que fintou no espaço de uma cabine telefónica à esquerda para nova defesa de Paulo Vítor (22′).

O número anormal de paragens para assistência a jogadores em lances de choques mais fortes também ia quebrando o ritmo da partida mas o rendimento do FC Porto foi baixando até ao intervalo (não foi por acaso que Sérgio Conceição chamou por mais do que uma vez Eustáquio para dar instruções) sobretudo a partir de um lance de falta não assinalada sobre Taremi em zona perigosa que motivou muitos protestos entre os portistas. Assim, acabou por ser mesmo o Desp. Chaves a criar a sua melhor ocasião já em período de descontos da primeira parte depois de mais um abordar incorreto de Hernández na área de cabeça, com João Teixeira a arriscar a meia distância e a fazer a bola passar muito perto do poste (45+3′).

O segundo tempo começou e tornou-se mesmo o pior momento do jogo. João Correia, que já tinha feito um cruzamento que quase dava remate, tentou a meia distância de pé esquerdo mas a tentativa acabou por sair por cima (48′). Mais tarde, Pepê tentou também o remate de fora da área mas saiu ainda mais por cima da trave de Paulo Vítor (60′). Pelo meio, houve muita luta, dois tiros prensados nos defesas contrários e não muito mais. Chegava a hora das substituições, com Sérgio Conceição a abdicar de João Mário e Martínez para lançar André Franco (Pepê ficou como lateral) e Evanilson. Não foi muito mas melhorou.

Na sequência de um canto, Uribe desviou de cabeça ao lado num lance em que foi atrapalhado por Fábio Cardoso que estava também ao primeiro poste (66′). Pouco depois, a jogada que decidiu em definitivo a partida: Eustáquio pressionou na zona do meio-campo Luther Singh, Steven Vitória tentou chegar ainda à bola mas viu Taremi antecipar-se e, à saída de Paulo Vítor, o avançado iraniano só teve de assistir para Evanilson encostar para a baliza deserta (70′). Diogo Costa não fez nenhuma intervenção difícil, o FC Porto tinha o encontro controlado mas foi esse momento que descansou em definitivo o Dragão antes do 3-0 que fechou as contas de André Franco após um erro de palmatória de Paulo Vítor (82′).

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