O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e um comité da Câmara dos Representantes solicitaram na quinta-feira ao Supremo Tribunal para rejeitar o pedido do ex-Presidente Donald Trump de manter em segredo as suas declarações de impostos.

A procuradora-geral norte-americana Elizabeth Prelogar estimou que o ex-chefe de Estado republicano não cumpriu os requisitos para conceder o seu desejo de que esses documentos não fossem publicados, informou a cadeia de televisão NBC.

O presidente do Supremo, John Roberts, bloqueou temporariamente a entrega das declarações a um comité da Câmara controlado pelos democratas no último dia. Roberts indicou que o caso seria suspenso até a avaliação daquele tribunal e naquele dia também pediu a esse comité, o Ways and Means, uma resposta ao pedido de Trump.

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Esse comité falou esta sexta-feira nos moldes do Departamento de Justiça e disse que ao mais alto órgão judicial dos Estados Unidos que decidir a favor de Trump seria prejudicial ao Congresso, impedindo-o de continuar qualquer investigação sempre que houver alegações de que o ex-Presidente norte-americano tem motivações políticas.

A batalha sobre as declarações de impostos de Trump remonta a 2019, quando o comité Ways and Means emitiu uma intimação para acesso a essas informações como parte da sua investigação sobre possíveis violações fiscais do antigo chefe de Estado.

Trump foi o primeiro presidente dos Estados Unidos desde Gerald Ford (1974-1977) a não publicar as suas declarações de impostos todos os anos, uma tradição que os seus antecessores consideravam parte do seu dever de transparência e prestação de contas ao povo.