A promessa já tinha sido feita: se marcasse aos Camarões, não iria celebrar. Esta quinta-feira, Embolo cumpriu a palavra: foi o autor do golo da vitória da Suíça frente à equipa africana e, em vez de celebrar, a imagem que se seguiu foi o jogador de braços no ar, contido, a pedir desculpa ao país que o viu nascer.

O avançado do Mónaco nasceu há 25 anos na capital dos Camarões, Yaoundé. Foi aí que viveu até se mudar, com a sua mãe, para a França. Segundo o Daily Mail, foi neste país que a progenitora do craque conheceu o seu futuro namorado de nacionalidade suíça – uma relação que traçou o destino de Embolo. A viver em Basileira, recebeu a nova nacionalidade em 2014, começando depois a representar a Suíça nos escalões mais novos. “Atualmente, sou provavelmente 60 ou 70% suíço, ainda mais do que sou africano”, disse em entrevista ao site da Bundesliga o ano passado.

Não foi por isso que o coração do Embolo deixou de ter um carinho especial pelo país onde nasceu. “Este é um jogo muito especial. É a minha terra natal, de onde a minha mãe e o meu pai são também. A maior parte da minha família também é dos Camarões, por isso, é um jogo especial para mim e para a minha família”, assumiu antes da partida o jogador que é muito próximo do selecionador da equipa africana, Rigobert Song.

Estou muito feliz por ele e orgulhoso dele. É o meu irmãozinho. Falamos regularmente ao telefone”, confessou o técnico após a derrota. Aos jornalistas, contou também o que disse ao avançado do Mónaco, no final da partida: “Acho que ele jogou muito bem e quis dizer-lhe isso. No final do dia, somos todos irmãos”.

Uma relação de fraternidade igualmente assumida por Embolo, que, segundo a AP, no final da partida desejou a melhor das sortes para os Camarões para o resto do Campeonato do Mundo.

Esta temporada, Embolo leva oito golos em 23 jogos disputados pelo Mónaco, além de quatro assistências. O avançado começou a carreira no Basileia, clube ao serviço do qual marcou 31 golos em 91 partidas. Daí saiu para a Alemanha. O primeiro clube foi o Schalke 04, onde chegou em 2016 e esteve três anos. O clube seguinte foi o Borussia Monchengladbach, que o vendeu ao Mónaco por 10 milhões de euros.

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