Oito anos depois, um Europeu e uma Liga das Nações depois, o capítulo de Fernando Santos na Seleção Nacional chegou ao fim. A Federação Portuguesa de Futebol confirmou esta quinta-feira, menos de uma semana depois da eliminação do Mundial do Qatar, que o treinador vai deixar o cargo que ocupava desde 2014. E Fernando Santos já se despediu.

Numa curta mensagem gravada em vídeo, o até aqui selecionador nacional diz que sai “com um enorme sentimento de gratidão”. “Enorme pelo privilégio que tive em ser selecionador nacional e pela honra que tive em representar o nosso país. Foi um sonho que realizei, um objetivo de vida que cumpri. Quero agradecer, em primeiro lugar, a todos os jogadores com quem trabalhei desde 2014. Todos, sem exceção. Quando se lideram grupos tem de se tomar algumas decisões difíceis. É normal que nem todos fiquem contentes com as escolhas que fiz mas as opções que tomei foram sempre a pensar no que seria o melhor para a nossa Seleção”, começa por dizer Fernando Santos, estendendo depois os agradecimentos à Federação Portuguesa de Futebol.

“Agradeço também aos meus colegas treinadores, nomeadamente dos clubes que cederam jogadores à Seleção, com quem sempre tive uma relação excelente, aberta e leal. Agradeço à minha equipa técnica, por tudo e por todo o empenho ao longo destes anos. Agradeço à Federação Portuguesa de Futebol, nas pessoas do Humberto Coelho e do João Pinto, que estiveram sempre ao meu lado, e a todo o staff que de uma forma mais próxima trabalhou comigo ao longo destes anos. Mas também a todos os que se cruzaram comigo na Federação. Ficarão para sempre no meu coração”, acrescenta o treinador.

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Mais à frente, Fernando Santos dedicou várias palavras a Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol com quem acordou a saída na passada terça-feira. “Quero agradecer em particular e especialmente ao Dr. Fernando Gomes, que sempre me apoiou e foi o que um líder deve ser nos bons mas, sobretudo, também nos momentos mais difíceis”, adianta o técnico, terminando com “uma palavra aos portugueses”.

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“A partir de agora serei mais um entre tantos milhões que vibram e apoiam a Seleção. Estarei de corpo e alma como sempre. Já não no campo mas nas bancadas, onde quer que seja, a cantar o nosso hino e a querer muito que a Seleção, a equipa de todos nós, nos dê muitas alegrias”, conclui Fernando Santos.