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Os prejuízos em Oeiras provocados pelas fortes chuvas registadas desde a semana passada são superiores a 12 milhões de euros, ao nível das infraestruturas municipais e em estabelecimentos comerciais, informou esta quinta-feira a câmara do distrito de Lisboa.

Numa atualização aos números revelados esta quinta-feira pelo presidente da autarquia, Isaltino Morais (independente), a câmara refere que “a estimativa de prejuízos verificados em infraestruturas municipais seja um montante de cerca de sete milhões e 600 mil euros”.

Nos 259 espaços comerciais visitados pelos serviços da autarquia até ao final da manhã desta quinta-feira foram ainda apurados prejuízos na “ordem dos cinco milhões de euros”, acrescenta o município na nota.

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Na semana passada, após a precipitação registada nos dias 7 e 8, a autarquia contabilizou 3,6 milhões de euros de prejuízos no comércio local e anunciou a criação de um fundo de apoio de 1,5 milhões de euros.

Na nota agora divulgada, a Câmara Municipal explica que a percentagem do apoio irá variar em função do escalão dos prejuízos: “Começa em 50% em prejuízos que vão até cinco mil euros e termina em cerca de 20% nos prejuízos acima dos 100 mil euros”.

A Câmara Municipal de Oeiras prevê que a partir do dia 15 de janeiro já estarão reunidas as condições para fazer esses pagamentos”, lê-se na nota.

Esta quinta-feira de manhã, o presidente da Câmara Municipal visitou com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, os locais afetados pelo mau tempo no concelho, na noite de 7 para 8 de dezembro e na terça-feira (dia 13).

A Baixa de Algés ficou na terça-feira de manhã “intransitável” devido às fortes chuvas registadas durante a noite, tal como na semana passada, quando se verificou a morte de uma mulher de 75 anos, na sequência de uma inundação na sua habitação.

Ruas, lojas, restaurantes, habitações, estacionamentos e a estação de Algés, que ficou a funcionar na quarta-feira à noite, foram fortemente afetados pelo mau tempo.

O Centro de Saúde deverá, segundo o presidente de Oeiras, reabrir nos próximos dois a três dias, podendo os utentes utilizar os centros de Linda-a-Velha ou Carnaxide em alternativa.

A Proteção Civil registou mais de 7.950 ocorrências em território nacional, das quais 4.841 inundações, e 88 desalojados desde a semana passada, quando começou o quadro de instabilidade meteorológica.

Num ponto de situação feito esta quinta-feira à agência Lusa, com dados desde as 00h00 de dia 7 e até às 8h00 desta quinta-feira, José Costa, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), disse que estiveram envolvidos nas operações 29.651 operacionais e 9.803 meios terrestres.

Os distritos mais afetados foram Lisboa, com 4.281 ocorrências, Setúbal (849), Santarém (461), Coimbra (343) e Portalegre (307).