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Já chegou a prometida resposta da Rússia ao limite de preço do petróleo imposto pelo Ocidente como resposta à invasão russa. O Presidente Vladimir Putin assinou esta segunda-feira um decreto que proíbe o fornecimento de petróleo e produtos derivados aos países que impuserem o teto do preço.

A medida surge como uma resposta direta a “ações hostis e contraditórias ao direito internacional pelos Estados Unidos, Estados estrangeiros e organizações internacionais que se juntarem a eles”, refere o decreto assinado por Putin, segundo a agência Reuters.

“As entregas de petróleo russo e produtos derivados para entidades e indivíduos estrangeiros estão banidas se, nos contratos para esses fornecimentos, o uso de um mecanismo máximo de fixação de preços esteja direta ou indiretamente previsto”, refere.

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A proibição das exportações de petróleo vai entrar em vigor a partir do dia 1 de fevereiro do próximo ano e deverá prolongar-se durante cinco meses, até ao dia 1 de julho. Já a data da proibição dos produtos derivados do petróleo será determinada pelo governo russo e deverá avançar depois de 1 de fevereiro.

Segundo a Reuters, no decreto foi incluída uma cláusula que permite ao líder russo anular a proibição de exportações em determinados casos.

A resposta da Rússia surge depois de, no início deste mês, a União Europeia (UE) ter chegado a um acordo para impor um teto de 60 euros às compras de petróleo russo, medida que entrou em vigor a 5 de dezembro. Também o G7 e a Austrália avançaram com o cap ao preço do petróleo na mesma data.

UE chega a acordo para impor teto de 60 euros às compras de petróleo russo

Na semana passada, o líder russo assegurou que as medidas do ocidente não vão prejudicar o orçamento russo. “Não vamos perder nada por esse limite máximo”, garantiu durante uma conferência de imprensa após uma reunião do Conselho de Estado. No entanto alertou o Ocidente que a restrição trará consequências desastrosas para a economia mundial e provocará uma drástica subida dos preços do petróleo.