A Efacec teve prejuízos de mais de 100 milhões de euros em 2022, com o EBITDA (rentabilidade operacional) a atingir perdas de cerca de 80 milhões de euros, avançou este quinta-feira o jornal Eco.

De acordo com a mesma notícia, a dívida supera os 250 milhões de euros.

A Efacec está em processo de reprivatização, devendo os candidatos entregar propostas vinculativas até 15 de fevereiro, segundo informação também divulgada pelo Eco.

Os prejuízos de 2022 serão ainda assim inferiores aos de 2021, ano em que as perdas da Efacec terão sido de mais de 180 milhões de euros. O relatório e contas de 2021 ainda não foi disponibilizado pela empresa.

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O Estado está a tentar vender os 71,73% da Efacec que detém, posição que ficou da empresa ao nacionalizar essa participação que era detida por Isabel dos Santos em 2020. Uma decisão do anterior ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. O atual titular da pasta, António Costa Silva, disse na semana passada que o processo estava a decorrer.

Costa Silva avançou que o processo de privatização tem, atualmente, sete interessados (quatro nacionais e três internacionais), uma mudança face ao que a Parpública divulgou no início de dezembro em que oito empresas tinham manifestado interesse na Efacec. E, na conferência de imprensa no final do ano para fazer o balanço da política económica do Governo, Costa Silva quantificou ainda em 115 milhões de euros o dinheiro que o Estado tinha depositado na Efacec. O que também é diferente do valor que tinha sido avançado pelo mesmo titular. Em novembro, Costa Silva quantificou em 175 milhões o dinheiro público na empresa: 50 milhões de euros de injeção e 125 milhões de euros em garantias e empréstimos. O Ministério da Economia não esclareceu as diferenças.

Costa Silva: 115 milhões de euros do Estado na Efacec “não é dinheiro perdido”