O presidente do Governo da Madeira desvalorizou este sábado as declarações do líder do Chega sobre pretender “fazer mossa e fazer tremer” o executivo regional nas próximas eleições regionais, declarando que este partido é “irrelevante” no meio político do arquipélago.

“No contexto regional, o Chega não tem relevância”, declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas à margem do encerramento das conferências do Atlântico “Winston Churchill, Madeira e a Aliança Euro-Atlântica” que decorreu nos últimos dois dias no Museu da Imprensa, em Câmara de Lobos, e contou com a presença do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso.

O governante insular reforçou que o PSD/Madeira vai voltar a concorrer nas próximas eleições legislativas regionais deste ano em coligação com o CDS-PP, visando continuar a assegurar a maioria absoluta na região.

“É isso que está na nossa [PSD] moção e na estratégia. Tudo o que são questões laterais são questões interessantes para os partidos que não estão no poder, que são oposição ou nem sequer têm assento parlamentar”, vincou.

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Albuquerque considerou que o resultado eleitoral do Chega na nesta região autónoma vai “depender dos eleitores” da Madeira, complementando: “Não vou desenhar o futuro porque o cemitério está cheio de pessoas que andaram a desenhar o futuro com muito pormenor”.

O responsável madeirense mencionou que o PSD e o Chega são partidos com estratégias próprias. “A nossa estratégia, neste momento, é auscultar e mobilizar o eleitorado da Madeira para, com humildade, percecionar o nosso trabalho e a nossa mensagem. E, com a mesma humildade, termos maioria para continuarmos a governar em estabilidade e a Madeira continuar a se desenvolver”, sublinhou.

Para Miguel Albuquerque, “o resto são questões do foro partidário interno de cada um dos partidos”. “Num contexto pré-eleitoral, as mensagens dos partidos são mais incisivas, mais excitáveis, mas isso não nos afeta nada”, concluiu.