O Ministério Público estará a rastrear as contas de vários agentes ligados à arbitragem por alegados subornos recebidos da parte do Benfica. A informação foi avançada esta sexta-feira pelo Correio da Manhã.

De acordo com o jornal, Hugo Miguel, antigo árbitro que é hoje um dos principais VAR da Liga, será um dos nomes seguidos pelo Ministério Público, tendo já levantado o sigilo bancário ao antigo árbitro da Associação de Futebol de Lisboa com o objetivo de perceber entre os fluxos e transferências se terá existido qualquer tipo de contrapartida por parte dos encarnados no âmbito do processo por corrupção desportiva.

Além de Hugo Miguel, estarão também a ser seguidos outros nomes como os antigos árbitros Bruno Paixão, Bruno Esteves ou Jorge Ferreira, além de antigos dirigentes como Ferreira Nunes (ex-vice do Conselho de Arbitragem da Federação), Adão Mendes (antigo observador da Federação e da Liga) e Nuno Cabral (também ele ex-árbitro e observador da Liga). Nenhum destes está ainda no ativo no futebol nacional.

Ainda segundo o Correio da Manhã, o Ministério Público decidiu avançar para esta parte da investigação no seguimento de escutas feitas ao empresário César Boaventura (que se encontra agora em prisão domiciliária por estar acusado de dez crimes no âmbito da operação Malapata) de conversas com Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, e Paulo Gonçalves, antigo diretor jurídico da SAD. Além de todos estes agentes ligados à arbitragem, estarão também a ser seguidos vários jogadores alegadamente envolvidos num esquema de corrupção desportiva que teria como objetivo beneficiar em termos desportivos o clube da Luz.

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