Após a polémica causada pela passagem de três navios russos em meados de março que levou à recusa de 13 militares a desempenhar uma missão, mais uma embarcação pertencente à Rússia passou pela costa nacional, desta feita entre a passada quarta e quinta-feira. Trata-se de um navio científico quebra-gelo Akademik Fedorov, que saiu da Cidade no Cabo, na África do Sul, com destino a São Petersburgo.
Numa nota publicada esta sexta-feira, as Forças Armadas detalharam que foram empenhados para a missão da passagem do navio russo uma fragata da Marinha e uma aeronave P-3C CUP+ da Força Aérea.
De acordo com as Forças Armadas, “este é um procedimento usual de vigilância dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, sempre que navios de países que não pertencem à NATO navegam ao largo da costa portuguesa”.
Por sua vez, a Marinha informa, em comunicado, que a fragata empenhada na missão foi a Corte-Real, que “acompanhou e monitorizou” o quebra-gelo da Federação Russa, “que navegou nas águas sob soberania ou jurisdição nacional de Portugal”.
Marinha falhou missão de acompanhamento de navio russo após 13 militares terem recusado embarcar
“A Marinha Portuguesa mantém uma vigilância ativa das áreas de interesse nacional, através do seu centro de operações marítimas, assegurando uma prontidão adequada dos navios com o objetivo de promover e proteger os interesses de Portugal no e através do mar”, lê-se no comunicado.
Segundo o portal Vessel Finder, o quebra-gelo russo saiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, no passado dia 5 de abril. Chegará ao destino — São Petersburgo, na Rússia — a 29 de abril. O mesmo site refere que a última posição conhecida do navio, de há cerca nove horas, foi a costa das Astúrias, em Espanha.