Paulo Rangel, primeiro vice-presidente do PSD, considera que Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa estiveram bem ao marcarem com clareza as divergências do Estado português em relação às posições assumidas por Lula da Silva quanto à guerra na Ucrânia.

Os sociais-democratas, recorde-se, tinham desafiado o Governo e o Presidente da República para aproveitarem a visita oficial de Lula da Silva a Portugal para se demarcarem das palavras do Chefe de Estado brasileiro sobre o papel da Rússia no conflito da Ucrânia. Agora, e depois das intervenções de Marcelo e de Costa ao lado de Lula, Rangel assinalou os “passos importantes” dados por Presidente e primeiro-ministro para essa clarificação.

Em declarações ao Observador, o vice-presidente do PSD reconheceu que Marcelo e Costa assumiram com clareza suficiente as “divergências” entre Portugal e Brasil. “A partir do momento em que Lula fez as declarações que fez, tinha de ter uma resposta por parte das autoridades portugueses. Exatamente com a mesma soberania”, sublinhou Rangel.

Mesmo admitindo que António Costa poderia e deveria ter sido “mais ostensivo” nas posições que assumiu, Rangel elogiou o facto de Presidente e Governo terem “marcado bem a posição” do Estado português, de “forma solene e oficial”.

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Rangel aproveitou ainda para chamar para o PSD os méritos dessa intervenção. “A intervenção do PSD foi extremamente oportuna e, mais uma vez, liderou a agenda política. O PSD estimulou os órgãos de soberania a fazer aquilo que lhes competia. Só lidera a oposição quem marca a agenda política de forma responsável”, rematou.

PSD: “Estado português marcou bem a posição sobre guerra” durante visita de Lula