O aumento do preço da massa levou o governo italiano a convocar uma reunião de crise na quinta-feira para perceber as razões da subida de um dos produtos mais cobiçados do país. De acordo com os grupos de defesa dos direitos dos consumidores, a culpa é dos produtores.

Em março, Itália viu o preço da massa subir 17,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Apesar deste aumento, o preço do trigo — o principal ingrediente da massa — desceu nos últimos meses. Juntamente com produtores, legisladores e grupos de defesa dos direitos dos consumidores, Adolfo Urso, ministro para o Desenvolvimento Económico de Itália, discutiu o que pode ser feito para baixar os preços do alimento.

A comissão dirigida pelo ministro afirmou, citada na CNN, que os preços das massas alimentícias “já mostram os primeiros sinais, embora fracos, de uma [descida], um sinal de que, nos próximos meses, o custo das massas alimentícias irá baixar significativamente”. De forma a proteger o consumidor, a comissão vai acompanhar de perto o mercado.

Sendo a massa um dos alimentos mais apreciados em Itália, segundo Furio Truzzi, presidente do grupo Assountenti, em média um italiano consume 23 quilos de massa por ano.

No entanto, onde é que está a causa deste aumento? O grupo Assountenti, assim como Adolfo Urso, sugere que os preços podem ter sido “inflacionados artificialmente” pelos produtores de forma a aumentar os lucros, usando como justificação as consequências da guerra na Ucrânia.

Por sua vez, os produtores justificam os preços pelo aumento dos custos de produção: a energia, a embalagem e a logística registaram uma subida significativa dos preços, aumentando os custos, disse Ivana Calò, da Unione Italiana Food, que representa os produtores de alimentos, à CNN.

Embora o preço de uma caixa de massa seja relativamente baixo — um quilo de esparguete está à volta dos 2 euros —, o impacto deste aumento pode fazer-se sentir na mesa dos italianos.

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