Rishi Sunak está “desiludido” porque o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não foi autorizado a discursar, através de uma mensagem de vídeo, no final da 67.ª edição do Festival da Eurovisão, declarou o porta-voz do primeiro-ministro britânico.

Downing Street não concorda com a justificação dada pela União Europeia de Radiodifusão (EBU) — alegou a violação das regras do evento, uma vez que a competição é “apolítica” — , insistindo que a mensagem de Zelensky seria “apropriada”, cita o canal britânico BBC. A final do Festival da Canção acontece este sábado, 13 de maio, em Liverpool — e não na Ucrânia, país vencedor da edição passada, como seria suposto.

Zelensky impedido de participar na final da Eurovisão

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Os valores e liberdades pelos quais o Presidente Zelensky e as pessoas da Ucrânia estão a lutar não são políticos, são fundamentais”, afirmou o porta-voz de Sunak. A própria organização da Eurovisão, acrescentou, “reconheceu isso no ano passado”, ao não permitir que a Rússia participasse na competição que, este ano. Embora contra a decisão, o gabinete de Rishi Sunak diz que o primeiro-ministro não faz planos para intervir mais junto da EBU.

Sunak não foi o único a pronunciar-se. Também Boris Johnson, antigo primeiro-ministro, falou contra a decisão, lembrando na rede social Twitter que o festival só não está a decorrer na Ucrânia devido à “guerra ilegal de Putin”.

“Seria correto ouvir o presidente Zelensky esta noite na Eurovisão. Só há um motivo para a competição não estar na Ucrânia e é devido à guerra ilegal de Putin”.

O líder trabalhista Keir Starmer declarou que “é vital que todos continuemos a manter a situação do povo ucraniano em mente enquanto eles enfrentam a agressão russa em nome de todos nós”, escreveu, acrescentando que a solidariedade política e publica continuam a ser essenciais para continuar o trabalho para assegurar que estamos todos a fazer o possível para apoiar o povo ucraniano e, especialmente, os seus corajosos homens e mulheres de uniforme”.

“Traria descrédito à competição.” Rússia impedida de participar no próximo Festival Eurovisão da Canção

Em 2022, a EBU começou por permitir a participação da Rússia no festival da Eurovisão, já depois de ter invadido a Ucrânia, utilizando o mesmo argumento: a competição é “cultural” e “não-política”. Mas, no mesmo dia, voltou atrás: impediu a participação de Moscovo — exclusão que se mantém nesta edição — uma vez que a sua participação “traria descrédito à competição”, justificou. Vários países ameaçaram retirar-se do festival caso a Rússia participasse.