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O enviado especial chinês Li Hui disse na quarta-feira ao líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, que “todas as partes devem criar condições para acabar com a guerra” e “iniciar o diálogo para a paz”.

“A China está disposta a criar o máximo denominador comum possível entre a comunidade internacional para resolver a crise ucraniana e vai-se esforçar para restaurar a paz o mais rápido possível”, afirmou o enviado, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira pelo ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Li Hui, representante especial do governo chinês para assuntos da Eurásia, está a realizar um périplo que inclui Ucrânia, Polónia, França, Alemanha e Rússia, visando “falar com todas as partes sobre uma solução política para a ‘crise’ na Ucrânia”.

Enviado da China parte para um périplo que inclui visitas à Ucrânia e Rússia, numa ótica de mediar conflito armado

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Não há uma fórmula mágica para resolver a crise. Todas as partes devem começar por si mesmas, transmitir confiança e criar condições para encerrar o conflito e iniciar o diálogo para a paz”, destacou Li.

Durante o encontro, o enviado afirmou que Ucrânia e China devem “trabalhar juntas com respeito mútuo e sinceridade” e “avançar em direção a uma cooperação benéfica para ambas as partes”.

Em Kiev, Li Hui também se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

Segundo um comunicado do ministério ucraniano, Dmytro Kuleba disse a Li Hui que a Ucrânia não aceitará um plano de paz que resulte na perda de territórios.

Na reunião, ambas as partes abordaram as relações bilaterais entre Ucrânia e China, bem como os meios para deter a agressão russa, de acordo com o comunicado ucraniano.

Dmytro Kuleba informou “detalhadamente” Li Hui sobre os princípios “para o restabelecimento de uma paz estável e justa, baseada no respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia” e enfatizou que a “Ucrânia não aceita nenhuma proposta que implique a perda dos seus territórios ou o congelamento do conflito”.

O ministro também ressaltou a importância da participação da China na “Fórmula da Paz” apresentada por Zelensky, bem como na iniciativa do corredor de grãos no Mar Negro.

Após Kiev, espera-se que o representante chinês visite Berlim, Paris e Varsóvia, e no final do mês, viaje para Moscovo.