O primeiro-ministro da Roménia, o liberal Nicolae Ciuca, apresentou a demissão, dando início ao processo de rotação da liderança do governo com os parceiros de coligação do Partido Social-Democrata (PSD).

Segundo o acordo entre o partido liberal PNL e o PSD, o próximo primeiro-ministro será o social-democrata Marcel Ciolacu, até agora presidente da câmara baixa do Parlamento. O PSD é o parceiro maioritário da coligação de governo, formada em novembro de 2021 com o PNL e com o UDMR, formação política que representa a minoria húngara da Roménia.

O acordo de coligação previa que o processo de rotação começasse pela entrega da liderança do governo ao PNL, por 18 meses, seguido de um período de 18 meses com o PSD na liderança do executivo, até as eleições gerais, marcadas para o final de 2024.

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Depois de ser indicado pelo Presidente da Roménia, Klaus Iohannis, como candidato a primeiro-ministro, Ciolacu terá 10 dias para pedir o voto de confiança do Parlamento para o seu programa de governo.

Os três partidos da coligação – que, juntos, somam uma maioria de dois terços no Parlamento e no Senado – têm negociado nas últimas semanas a composição do governo sob a liderança do PSD.

A rotação na coligação estava marcada para 25 de maio, mas uma greve de grande dimensão dos professores, a maior dos últimos 18 anos, forçou o adiamento da transferência de poderes. Ciuca renunciou esta segunda-feira, poucos minutos antes de os dois sindicatos maioritários no sistema educativo terem suspendido as greves, quando o governo lhes concedeu os aumentos salariais exigidos.