O PSD acusou esta quarta-feira os eleitos da CDU e do PS na Câmara de Setúbal de inviabilizarem uma proposta para “corrigir ineficiências” na constituição de uma Unidade Local de Saúde (ULS) e melhorar os cuidados de saúde à população.

“A geringonça sadina obstaculiza, desta forma, a prossecução dos objetivos de melhoria na resposta à população do concelho em matéria de cuidados de saúde”, acusa o PSD de Setúbal num comunicado assinado pela vereadora social-democrata Sónia Leal Martins.

No comunicado, o PSD de Setúbal acusa a CDU e o PS de terem inviabilizado a proposta que apresentaram na última sessão de câmara, de 7 de junho, que também incluía um conjunto de medidas concretas para melhorar a “articulação das várias unidades de saúde do concelho, funcionando todas como uma única instituição, com estratégias e modelo de gestão comum”.

O PSD recorda que o voto contra da maioria CDU na autarquia e a abstenção dos vereadores do PS ditaram a reprovação da proposta social-democrata e defende que as medidas em causa permitiriam à população “usufruir de cuidados de um conjunto de instituições de saúde de forma integrada”.

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De acordo com o PSD, as medidas propostas permitiriam retirar do Serviço de Urgência do Hospital de São Bernardo, principal unidade de saúde do Centro Hospitalar de Setúbal, um conjunto de “situações que, embora urgentes, não necessitariam de cuidados hospitalares diferenciados (…), desde que, em pelo menos um dos Centros de Saúde do concelho, houvesse condições para resolver casos de urgência básica”.

Nesse sentido, os social-democratas de Setúbal propunham a “criação de Unidades de Saúde Familiar (Centros de Responsabilidade Integrada) com um orçamento dirigido para a implementação de programas e serviços diferenciados (rastreios, ações de prevenção e educação para a saúde), com atribuição de incentivos às equipas, aquando do cumprimento dos objetivos/metas”.

A proposta do PSD contemplava também a “criação de um ou dois Serviços de Urgência Básica”, com Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), nomeadamente equipamento de Raios-X e de Análises Clínicas, serviços que teriam obrigatoriamente que funcionar 24 sobre 24 horas, com camas para internamento de curta duração (até 48 horas) para utentes a aguardar decisão clínica, sempre em articulação com o Hospital de São Bernardo”.

A “criação de Unidades de Retaguarda, nomeadamente na área dos cuidados paliativos, bem como unidades de cuidados continuados, de média e longa duração, no sentido de libertar/rentabilizar camas nos serviços do Hospital de São Bernardo”, era outra das medidas preconizadas pelos social-democratas.

No comunicado, o PSD de Setúbal salienta ainda que as medidas propostas permitiriam rentabilizar profissionais especializados, promover consultas de especialidade descentralizadas do Hospital de São Bernardo e melhorar o atendimento e a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população.