As Nações Unidas manifestaram-se esta quinta-feira disponíveis para continuar a apoiar a consolidação da paz em Moçambique, classificando a conclusão do desarmamento do principal partido de oposição no país como um exemplo para o mundo.

“O processo de construção da paz em Moçambique deu lições a todo o mundo […] O sistema das Nações Unidas continua completamente disponível a apoiar a consolidação da paz”, declarou a conselheira do secretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Africanos, Cristina Duarte, que está em Moçambique em representação de António Guterres.

Cristina Duarte falava à comunicação social após ser recebida pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, na Presidência da República, em Maputo.

Segundo a conselheira do secretário-geral das Nações Unidas, o processo negocial que culminou com o encerramento da última base da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, foi conduzido com “muito engajamento político e visão estratégica”, sublinhando a importância do apoio aos esforços de consolidação da paz

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“Todos nós sabemos que uma paz durável só é conseguida de forma sustentável quando acompanhada de desenvolvimento e o sistema das Nações Unidas continuará a apoiar Moçambique nesta jornada”, concluiu Cristina Duarte.

A última base da Renamo foi encerrada em Vunduzi, distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, na quinta-feira passada, mais de 30 anos depois do fim da guerra civil moçambicana.

Participaram na cerimónia o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade.

A cerimónia representou o final do processo de desmobilização de 5.221 guerrilheiros que permaneciam nas bases em zonas remotas e que começaram a entregar as armas há quatro anos – no âmbito do Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional, assinado em agosto de 2019.

Segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados.