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Há 492 dias que a Rússia invadiu a Ucrânia. Nesta sexta-feira, o Presidente ucraniano ordenou reforço da presença militar na fronteira com a Bielorrússia, devido à chegada de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, ao país vizinho. Também por causa de Minsk (e das armas nucleares russas que se encontram na Bielorrússia), o primeiro-ministro da Polónia anunciou que quer ter armas nucleares da NATO no seu território

O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • Foi à margem do Conselho Europeu, em Bruxelas, que Mateusz Morawiecki falou. O primeiro-ministro anunciou que a Polónia quer entrar no programa de intercâmbio nuclear da NATO, escreve o jornal polaco Polsat News. O motivo apontado? O facto de a Rússia ter colocado armas nucleares na Bielorrússia, país que faz fronteira com a Polónia.
  • “Há um sinal de enfraquecimento da liderança russa”. O primeiro-ministro anunciou que o Conselho Europeu chegou a acordo sobre a criação de um mecanismo de apoio permanente à Ucrânia. António Costa diz que UE tem de apoiar Ucrânia sem descartar a perigosidade de Putin.

“Há um sinal de enfraquecimento da liderança russa”. António Costa diz que UE tem de apoiar Ucrânia sem descartar perigosidade de Putin

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  • O Presidente russo Vladimir Putin falou ao telefone com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi que, segundo a RIA, mostrou-se compreensivo sobre a resposta russa à rebelião do grupo Wagner. Os dois líderes discutiram sobre a Ucrânia, com Vladimir Putin a sublinhar que as autoridades de Kiev não estão dispostas a negociar.
  • O Presidente ucraniano assinou uma lei, aprovada pela Verkhovna Rada [parlamento] há dois dias, que prevê aumentos do pagamento que é feito aos militares, assim como o direito a dias de folga, anuncia o Kyiv Independent.
  • Esta sexta-feira, foi também anunciado que a Rússia vai aumentar os salários de todos os militares em 10,5% a partir do dia 1 de outubro, segundo a agência estatal russa RIA.
  • A Dinamarca vai apoiar a Ucrânia, enviando para Kiev uma verba na ordem dos 170 milhões de euros. “É crucial que continuemos a apoiar a Ucrânia. É uma doação significativa e importante”, afirmou a ministro da Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen, citado pelo European Pravda.
  • Os estudantes do 10.º e do 11.º ano do ensino secundário russo vão ter, a partir do próximo ano letivo, um novo manual escolar de História, anunciou o ministro da Educação da Rússia, Sergei Kravtsov, com uma secção dedicada ao que Rússia define como uma operação militar especial e serão estudadas as razões para o início do conflito.

O que aconteceu durante a manhã?

  • Zelensky ordena reforço da presença militar na fronteira norte devido à chegada de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, à Bielorrússia. A decisão foi tomada após uma reunião com vários comandantes militares.
  • O comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, confirmou que já houve tanques Leopard-2 destruídos no campo de batalha, uma informação que a Rússia já tinha avançado, e voltou a pedir caças F-16 ao Ocidente.
  • Documentos obtidos pelo centro de investigação russo Dossier Center mostram que Sergei Surovikin faz parte da lista secreta de membros VIP do Grupo Wagner. O general russo, que terá tido conhecimento prévio dos planos de rebelião de Yevgeny Prigozhin contra a liderança militar russa, não é visto em público desde sábado.
  • Rússia estará a reduzir presença na central nuclear de Zaporíjia. Entre os primeiros a deixar a estação estavam três funcionários da Rosatom, que administravam as ações dos russos. Funcionários ucranianos foram aconselhados a abandonar a central.
  • Banco Mundial anuncia nova ajuda à Ucrânia de cerca de 1,4 mil milhões de euros. Este novo empréstimo tem como objetivo “responder às necessidades dos novos pobres e deslocados pela guerra”, “apoiar reformas para melhorar a transparência e a responsabilidade das despesas públicas” e “ajudar os mercados a funcionar melhor durante e depois da guerra”, indicou a instituição, em comunicado.

Banco Mundial anuncia nova ajuda à Ucrânia de cerca de 1,4 mil milhões de euros

  • O Papa Francisco lamentou que a “trágica realidade” da guerra na Ucrânia pareça não ter fim à vista, durante uma conversa que manteve com uma delegação do Patriarcado de Constantinopla. Citado pela agência de notícias Reuters, o líder da Igreja Católica pede que haja um “esforço criativo” para “forjar os caminhos da paz”.
  • A procuradoria-geral do Cazaquistão emitiu na quinta-feira à noite uma nota em que avisa que a Rússia está a tentar “recrutar” a população do país “para participar no conflito armado na Ucrânia”. Numa nota a que teve acesso a Agence France-Presse, tanto as tropas russas como o grupo Wagner estão a tentar recrutar cidadãos das antigas repúblicas soviéticas para se juntarem à guerra na Ucrânia.