O início da missa da peregrinação de 13 de julho a Fátima vai ficar marcado pela leitura do decreto que proclama as “virtudes heroicas” da Irmã Lúcia, cuja promulgação foi autorizada pelo Papa Francisco em 22 de junho.

O Santuário de Fátima informou esta quinta-feira que “o bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, vai ler publicamente pela primeira vez” naquela ocasião o decreto cuja promulgação “abre caminho à beatificação da irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, a mais velha dos três videntes de Fátima e figura central no conhecimento e divulgação da Mensagem dirigida à humanidade por Nossa Senhora nas Aparições na Cova da Iria, em 1917, faltando agora um milagre”.

“Em outubro de 2022, o processo de beatificação e canonização da religiosa tinha conhecido um desenvolvimento importante, com a entrega, no Vaticano, do documento sobre as virtudes heroicas”, acrescenta a informação do Santuário de Fátima.

Papa reconhece “virtudes heroicas” da irmã Lúcia e abre caminho à beatificação

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No dia 22 de junho, o Papa Francisco aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” da vidente de Fátima Lúcia, após uma audiência concedida pelo pontífice ao prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, informou a Sala Stampa do Vaticano.

A Irmã Lúcia, a mais velha dos três videntes de Fátima, é considera pelos responsáveis do santuário da Cova da Iria como “figura central no conhecimento e divulgação da Mensagem dirigida à humanidade por Nossa Senhora nas Aparições”, em 1917.

Lúcia de Jesus nasceu a 28 de março de 1907, em Fátima. Após a morte dos primos — os santos Francisco e Jacinta Marto -, Lúcia ingressou no Instituto das Irmãs de Santa Doroteia em 1925, onde permaneceu até 1948.

O seu percurso como religiosa Doroteia foi maioritariamente vivido em Espanha, onde teve as duas Aparições que completam o ciclo da mensagem de Fátima, com os pedidos da Devoção dos Primeiros Sábados (1925), em Pontevedra, e da Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria (1929), em Tuy. “Ainda durante este tempo, por ordem do Bispo de Leiria, escreve as suas primeiras Memórias, dando assim início a um dos meios através do qual divulgará a mensagem de Fátima: a sua obra escrita”, segundo as suas notas biográficas.

Entrou no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, a 25 de março de 1948, onde permaneceu até à sua morte, em 13 de fevereiro de 2005.