O atirador de Auckland, que esta quarta-feira matou duas pessoas num prédio em construção junto ao hotel onde está hospedada a seleção feminina de futebol da Noruega, foi identificado como Matu Tangi Matua Reid. O jovem de 24 anos, com um histórico de violência, não tinha licença de porte de arma.

Reid, que morreu na sequência do tiroteio, avança o New Zeland Herald, estava em prisão domiciliária após ter sido condenado por violência doméstica. Apesar de estar com pulseira eletrónica e a cumprir, desde março, uma sentença de cinco meses, tinha autorização das autoridades para se deslocar de casa até ao prédio em construção.

A construtora LT McGuiness explicou que Matu Reid era funcionário de uma empresa terceirizada que estava envolvida nas obras. Atualmente e enquanto a investigação policial estiver a decorrer, a construção estará parada.

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Com um histórico de instabilidade e exposição a violência doméstica e abuso na infância, o jovem terá fugido de casa quando era mais novo. Foi condenado por violência doméstica em março deste ano após, segundo documentos obtidos pelo jornal local Stuff, agredir a namorada com quem vivia à época. Os factos remontam a 2021, quando, numa noite em que ambos estavam a beber álcool, Matu Reid se zangou. Terá empurrado a companheira, que caiu da cadeira onde estava sentada.

A jovem tentou acalmar o namorado, mas ele ameaçou-a e alegou que “mataria” toda a sua família. O atirador terá agredido a vítima com um pontapé no estômago e tê-la-á estrangulado durante 10 segundos. Enquanto, supostamente, lhe batia dizia coisas como “não sabes do que sou capaz”.

Quando conseguiu fugir, a jovem, cuja identidade não foi revelada, denunciou-o à polícia. Quando falou com as autoridades, Matu Reid negou ser responsável pelas lesões, que incluíam, por exemplo, uma fratura no pescoço, e disse que eram consequência de “sexo violento”. A vítima perdoou Reid, um gesto que o juiz que ditou a sentença descreveu como uma “expressão generosa de boa vontade”.