As burlas mais que triplicaram em cinco anos no Brasil, onde os golpes virtuais também dispararam, particularmente após a pandemia de Covid-19, revelou esta quinta-feira um relatório anual divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo os dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que traz informações oficiais registadas pelas secretarias de segurança dos 27 estados do país, o número de crimes tipificados como burla (estelionato) subiu em 2018 de 426.799 registos para 1.819.409 em 2022.

São Paulo, estado que concentra a maior economia e a maior população do Brasil, teve o maior número destes tipos de crime em 2022. Foram 638.629 golpes registados em 2022, face a 382.110 em 2021.

Na comparação ano a ano, aconteceram 649,9 burlas a cada 100 mil habitantes no Brasil em 2021, número que saltou 37,9% para 896 burlas a cada 100 mil habitantes em 2022.

Segundo os dados, três brasileiros foram vítimas de golpe a cada minuto em 2022.

O maior crescimento ocorreu entre pessoas que sofreram golpes por meio eletrónico, que se caracterizam pelo uso de redes sociais, contactos telefónicos ou o envio de emails para induzir a pessoa à fraude.

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Segundo o mesmo levantamento, foram registados 200.322 casos desse tipo de crime pelas vítimas em 2022 no Brasil face a 120.470 registos compilados em 2021, números que indicam um aumento de 66,2%.

O Anuário Brasileiro de Segurança é realizado desde 2007 e produzido com dados e indicadores oficiais coletados junto às secretarias de segurança dos 27 estados brasileiro.

Na edição divulgada nesta quinta-feira, a taxa de mortes violentas caiu, mas cresceram todos os indicadores de violência doméstica e de violência contra a mulher.