Pelo menos 51 baleias-piloto morreram depois de encalharem na remota praia de Cheynes, no sudoeste da Austrália, enquanto continuavam os esforços para tentar resgatar 46 cetáceos, disseram esta quarta-feira as autoridades australianas.

Um total de 97 baleias-piloto ficaram presas na terça-feira em águas pouco profundas a cerca de 150 metros da praia de Cheynes, uma enseada protegida na região da Austrália Ocidental, rodeada por um parque e uma reserva natural.

“Infelizmente, 51 baleias morreram ontem [terça-feira] à noite”, indicou o Serviço Regional de Parques e Vida Selvagem da Austrália Ocidental, numa mensagem divulgada nas redes sociais.

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O Serviço de Parques referiu que equipas de salvamento, veterinários, especialistas em vida selvagem marinha e voluntários, destacados por terra e mar, “estão a tentar levar as restantes 46 baleias para águas profundas”.

Mas estas tarefas enfrentam uma série de perigos, como “baleias grandes, angustiadas e potencialmente doentes, tubarões, ondas, maquinaria pesada e barcos”, afirmou o organismo regional.

Em setembro de 2022, 230 baleias-piloto encalharam numa ilha remota da região australiana da Tasmânia, que, tal como Cheynes Beach, se encontra nas rotas de migração de várias espécies de cetáceos e morreram.

Centenas de baleias-piloto encalhadas na Austrália

Dois anos antes, cerca de 470 baleias-piloto tinham encalhado no mesmo local, das quais apenas uma centena conseguiu ser resgatada e levada para alto mar.

A Austrália, tal como a vizinha Nova Zelândia, é palco frequente destes incidentes, para os quais os especialistas ainda não conseguiram identificar as razões exatas.

No entanto, doenças dos cetáceos, erros de navegação, mudanças bruscas de maré, perseguição de predadores ou condições climatéricas extremas são apontados como causas para estes comportamentos.