Os avaliadores da candidatura do Geoparque Oeste à UNESCO afirmaram esta sexta-feira que a região tem trabalhado bem nesse sentido, ao apostar na sua sustentabilidade, e apontou para abril de 2024 a decisão da eventual classificação.

“Vimos exemplos muito, muito bons de como um geoparque deve funcionar, como se deve colaborar com seus parceiros. Tem um órgão de gestão que trabalha muito de perto com a comunidade local em benefício dela e é isso que procuramos num geoparque”, disse Ílias Valiakos, que integra a equipa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

A missão de avaliação concluiu esta sexta-feira a visita de uma semana à região.

O responsável salientou “o grande potencial” da região Oeste não só pela sua posição estratégica, capaz de atrair visitantes, mas também pelas infraestruturas criadas “sem perturbar o ambiente ou invadir o território”.

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Contudo, destacou por seu lado Allyson Pinheiro, há sempre melhorias a fazer no território.

“Esse é o desafio: melhorar as coisas para a comunidade respeitando a sua cultura, natureza, património geológico, para ser promotor do desenvolvimento, sem trazer perigos”, afirmou, alertando para a necessidade de manter um território sustentável.

Em 2022, os seis municípios que integram a Associação Geoparque Oeste formalizaram a candidatura à Comissão Nacional da UNESCO e aguardam por resultados no primeiro semestre de 2024.

A Rede de Geoparques Mundiais da Unesco foi criada em 2004 e conta atualmente com 195 geoparques distribuídos por 48 países do mundo.

Em Portugal existem cinco geoparques mundiais da Unesco: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Estrela.

A Associação Geoparque Oeste inaugurou há um mês o respetivo centro interpretativo na antiga escola do primeiro ciclo do Bombarral.

O Geoparque Oeste é gerido pela AGEO — Associação Geoparque Oeste, constituída pelos municípios de Lourinhã, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Peniche, Bombarral e Cadaval.