A diferença de votos entre os populares e os socialistas espanhóis é curta e, por isso, o PSOE decidiu enviar um pedido à Junta Eleitoral: a recontagem dos votos de Madrid (os dos espanhóis que vivem no estrangeiro), já que consideram que a votação final, que beneficia o PP, pode ser revertida. A notícia é avançada pelo diário espanhol ABC.

Na sexta-feira, a contagem do voto dos espanhóis que vivem no estrangeiro deu mais um deputado ao PP em Madrid, o que torna mais difícil a possibilidade de Pedro Sánchez conseguir apoio para a investidura. Com os novos dados, já não basta a abstenção dos independentistas catalães, é preciso que o Junts per la Catalunya votam a favor do líder do PSOE.

PP ganha mais um deputado com o voto emigrado e Sánchez fica mais dependente de Puigdemont

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O partido que conseguiu mais assentos no parlamento espanhol foi o dos populares, liderado por Alberto Núñez Feijóo, mas o PP não conseguiu maioria. Assim, em Espanha vivem-se dias de intensas negociações, com PP e PSOE a tentar encontrar apoios para a investidura dos seus líderes.

Segundo o ABC, que cita fontes do PSOE, em Madrid houve 30 mil votos considerados nulos e foi isso que deu força à decisão dos socialistas. “A diferença entre PP e PSOE é tão pequena que acreditamos que devemos estar o mais garantidos possível, e que nenhum voto pode ficar de fora.”

Em Espanha, só há uma certeza: o próximo Governo (de direita ou de esquerda) vai nascer de um acordo entre partidos muito diferentes

Depois da contagem do voto no estrangeiro, o PP ficou com 137 deputados e o PSOE com 122. A maioria necessária para governar sem precisar de acordos ou coligações são 176 assentos no parlamento, que é composto por 350 deputados.