O incêndio que deflagrou na tarde desta sexta-feira no Tortosendo, concelho da Covilhã, entrou em fase de conclusão, depois de ter entrado na sexta-feira pelas 19h20 em fase de resolução. A essa hora José Serra dos Reis, vice-presidente da Câmara da Covilhã, dizia que “o incêndio está neste momento circunscrito. Vamos agora proceder ao rescaldo, com máquinas de rasto e com as equipas de sapadores e de bombeiros, uma vez que neste momento os meios aéreos já não a atuar”.

José Serra dos Reis adiantava, pelas 20 horas de sexta-feira, que as autoridades esperavam dar o fogo como extinto durante a noite, após os trabalhos de rescaldo a decorrer em todo o perímetro do incêndio para eliminar “todos os focos” na zona de Tortosendo, Covilhã, distrito de Castelo Branco. Este sábado de manhã o incêndio é considerado, no site da proteção civil, como estando em conclusão.

À rádio Observador, o comandante dos bombeiros da Covilhã revelou que a área ardida é de 80 hectares.

O alerta para o fogo foi dado pelas 15h00 e a Estrada Nacional 230 (EN 230), via na serra da Estrela, que liga a Covilhã a Tortosendo e Unhais da Serra, chegou a estar encerrada ao trânsito. Fonte do Destacamento Territorial da GNR da Covilhã referiu à Lusa que a EN 230 foi reaberta pelas 20h15.

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De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mantinham-se este sábado de manhã no local 258 operacionais, apoiados por 71 viaturas.

O autarca da Covilhã com o pelouro da Proteção Civil frisou ainda que o fogo esteve com um período “muito crítico”, que foi ultrapassado com os meios “muitos diversos e céleres a chegar ao terreno”.

“Atuaram numa fase em que o incêndio estava relativamente curto do ponto de vista da sua propagação. Isso foi determinante”, apontou. O vento levou ainda a “algumas ramificações” do incêndio, o que obrigou à atuação dos meios no terreno para evitar propagações.

O fogo esteve também perto de algumas habitações, mas José Serra dos Reis descartou a existência de danos, sublinhando que as “faixas de gestão de combustível, quer nas habitações isoladas, quer nas infraestruturas” facilitaram o combate.

O vice-presidente da Câmara da Covilhã agradeceu ainda aos proprietários pela gestão dos terrenos e aos “meios locais, regionais e nacionais que caíram em força e minimizaram os efeitos do que podia ter ser muito perigoso”.