A Rússia falhou no seu objetivo de conquistar rapidamente a Ucrânia, o que não significa que, pelo caminho não tenha cometido crimes de guerra “só comparáveis aos da Segunda Guerra Mundial”, e que não esteja “a caminho da destruição sistemática desse país”, agora num esforço de guerra de alguma forma autocentrado na figura de Vladimir Putin, que acusa de “sacrificar o seu exército e o seu povo pela sua sobrevivência pessoal”.

Em traços largos, e no que à guerra na Ucrânia diz respeito, é este o resumo da entrevista que o espanhol El País publica este sábado ao chefe da diplomacia da União Europeia, o também espanhol Josep Borrell.

Questionado sobre se a Europa fez e tem feito o suficiente no auxílio à Ucrânia, Borrell garante que “fizemos o que tinha de ser feito, ajudando a Ucrânia a defender-se sem alargar o conflito”, mas admite que nem sempre esse apoio chegou no tempo devido, considerando mesmo que essa “ajuda foi demasiado gradual”. “Em vários casos, os tanques, os mísseis Patriot, os aviões, começámos por dizer ‘não, não vamos fazer isto’ e acabámos por o fazer”, disse o chefe da diplomacia da UE.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.