A possibilidade Arábia Saudita teve mais força do que o expectável, o Barcelona nunca deixou de estar na sombra e o PSG é o eterno interessado: o verão de Bernardo Silva teve várias avenidas abertas e por explorar. No fim, o internacional português não quis deixar a rua onde tem sido feliz e renovou pelo Manchester City, mantendo-se ligado ao clube até 2026.

“Tive seis anos incríveis no Manchester City e estou muito satisfeito por prolongar o meu tempo aqui. Ganhar o triplete na temporada passada foi especial e é emocionante fazer parte de uma equipa onde existe tanta fome e tanta paixão. O sucesso fazer querer ainda mais e este clube dá-me essa oportunidade de continuar a vencer. Adoro o treinador, os meus colegas de equipa e os adeptos e espero que possamos partilhar ainda mais boas recordações nos próximos anos”, disse Bernardo Silva aos órgãos oficiais do clube depois de a renovação ter sido oficializada.

O regresso ao Benfica pode estar a 1042 dias de distância: Bernardo Silva renova até 2026 com o Manchester City

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Curiosamente, o jogador português foi também o escolhido para representar a equipa na antevisão da deslocação deste domingo ao Sheffield United, onde o Manchester City podia assumir a liderança isolada da Premier League e não contava com a presença de Pep Guardiola, que foi operado de emergência à coluna. “Tem pouco impacto. Sabemos perfeitamente o que ele quer de nós e o que o resto da equipa técnica quer de nós. Trabalharemos da mesma forma para nos prepararmos para estes jogos. A equipa técnica estará a comunicar entre si e vamos fazer o nosso melhor para jogar da mesma forma e vencer estes jogos antes do regresso do nosso treinador”, explicou Bernardo.

Assim, o City era orientado pelo adjunto Juanma Lillo e apresentava-se com Jack Grealish, Julián Álvarez e Bernardo no apoio a Haaland, sendo que Rúben Dias também era titular no centro da defesa e Phil Foden começava no banco — onde também estava o reforço Jérémy Doku, acabado de chegar do Rennes. Do outro lado, Paul Heckingbottom tinha William Osula e Bénie Traoré na frente de ataque.

O City teve o primeiro lance mais perigoso ainda dentro do quarto de hora inicial, com Haaland a cabecear para as mãos do guarda-redes Foderingham (12′). A bola entrou mesmo na baliza pouco depois, com Aké a finalizar na sequência de um livre, mas o lance foi anulado por fora de jogo de Rodri e a partida continuou empatada (20′). Numa altura em que Paul Heckingbottom já tinha sido forçado a realizar uma substituição por lesão de Ben Osborn, Foderingham voltou a segurar o nulo com uma defesa atenta depois de um desvio de Álvarez (27′).

A cerca de 10 minutos do intervalo, John Egan tocou com o braço na bola no interior da grande área do Sheffield United e o árbitro não hesitou na hora de assinalar grande penalidade. Na conversão, porém, aconteceu o menos expectável: Haaland acertou no poste e falhou o penálti, deixando o jogo ainda empatado a zeros no fim da primeira parte.

O Manchester City manteve o domínio absoluto na segunda parte, com Haaland (51′), Rodri (58′) e novamente Haaland (61′) a acumularem oportunidades desperdiçadas, mas o avançado norueguês acabou por conseguir quebrar o enguiço e abrir o marcador à passagem da hora de jogo. Grealish desequilibrou na esquerda e cruzou para o poste mais distante, onde Haaland apareceu a cabecear para o fundo da baliza (63′) — festejando de forma curiosa, suspirando praticamente sem celebrar e mostrando-se claramente aliviado por ter marcado depois de várias ocasiões falhadas.

O jovem avançado voltou a marcar a cerca de 20 minutos do fim, mas a jogada foi anulada por fora de jogo (71′) e o azar do Manchester City ainda ia piorar: sem que Juanma Lillo tivesse feito qualquer substituição, Jayden Bogle bateu Ederson com um remate cruzado e empatou a partida (85′), levando o adjunto a trocar Kovacic por Phil Foden de forma quase imediata. A dois minutos do fim, Rodri fez aquilo a que já nos habituou e apareceu na grande área a atirar forte para conquistar os três pontos (88′).

Apesar das dificuldades, o Manchester City venceu o Sheffield United e subiu à liderança isolada da Premier League, colocando-se numa situação favorável antes de receber o Fulham de Marco Silva na próxima jornada e num fim de semana em que o Arsenal empatou e perdeu pontos.