A Proteção Civil registou 131 ocorrências até às 8 horas da manhã devido ao mau tempo, avançou à Rádio Observador José Costa, oficial de operações da proteção civil. Foram mobilizados 198 meios terrestres e 568 operacionais.

As ocorrências foram, sobretudo, devido a inundações, limpeza de vias e quedas de árvore.  Trás os Montes, Alentejo central e a Área Metropolitana do Porto são as regiões mais afetadas.

Mau tempo: granizo na Serra da Estrela e chuvas fortes com inundações em Trás-os-Montes

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A presidente da Câmara Municipal de Mirandela, Júlia Rodrigues, explicou à Rádio Observador que está a ser feito o levantamento dos estragos, nomeadamente os prejuízos na agricultura. Há culturas em fase crítica e que ficaram prejudicas. Segundo relatou, no sábado houve precipitação intensa, ventos fortes e granizo, com vias interrompidas. Houve danos materiais, mas cujo levantamento está agora a ser feito. Este domingo, disse ainda, continua a limpeza das vias.

Em relação à agricultura, “”estamos a ver os prejuízos”, admitindo que é “uma das nossas preocupações”, falando de impacto na vinha e no olival. “Estamos a fazer o levantamento em todo o concelho para avaliarmos o potencial pedido de apoios à agricultura. Estamos na fase de análise e avaliação dos prejuízos causados”.

Mau tempo em Mirandela. Autarca Júlia Rodrigues espera “apoio do Governo”

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu para este domingo (entre as 9 horas e as 21 horas) um aviso laranja para os distritos de Santarém, Setúbal, Lisboa, Leiria, Castelo Branco, Coimbra e Portalegre devido à previsão de aguaceiros, por vezes fortes, e ocasionalmente de granizo, acompanhados de rajadas fortes, além de trovoada, frequente e dispersa. Bragança, Viseu, Évora, Porto, Guarda, Faro, Vila Real, Viana do Castelo, Beja, Aveiro e Braga estão, por seu turno, sob aviso amarelo desde as 9 horas e até às 21 horas, terminando às 18h00 em Beja, Faro e Évora.

A Proteção Civil apelou à população para medidas preventivas:

  • Desobstruir os sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Ter “especial cuidado” na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, com atenção para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Evitar a circulação e permanência junto da orla costeira e zonas ribeirinhas “historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros”;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Adotar condução defensiva, com redução de velocidade e ao não atravessamento de zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.