Após o discurso de Luís Montenegro, que deixou fortes críticas ao Governo, João Torres, secretário-geral adjunto do PS, veio defender o trabalho que o Executivo de António Costa tem feito e lamentar que o PSD não reconheça qualquer progresso que diz que o país fez.

“É um hábito do PSD de ser incapaz de reconhecer os muitos progressos que o país fez nos últimos oito anos, e inclusivamente os muitos progressos nesta última legislatura. A oposição teima em não conseguir concordar e reconhecer que, apesar dos muitos desafios, temos hoje no país uma taxa de desemprego historicamente baixa, um emprego elevado, e uma capacidade de gerar mais e melhores postos de trabalho, mais bem remunerados”. João Torres diz que, apesar desse seu diagnóstico, “não há uma única capacidade de reconhecer um qualquer avanço nas medidas tomadas”. Fala em concreto dos manuais gratuitos e das creches gratuitas.

Luís Montenegro falou, em concreto, das medidas não realizadas pelo Governo ao nível da habitação e da fiscalidade. Mas João Torres diz que o PS não recebe lições de ninguém em termos de fiscalidade. E que o PSD, no anúncio que fez das suas propostas para baixar o IRS, foi ao reboque do que o Governo já disse que iria fazer em setembro e com o Orçamento de 2024 — baixar o IRS. Podem contar com a descida e diz mesmo que o “PS não aceita lições de moral sobre fiscalidade por parte do PSD”.

“Contestamos esta ideia de que a oposição quando está agarrado à maledicência é uma melhor oposição, quem vive amarrado à maledicência perde o contacto com realidade”. E contesta o facto do PSD não ter “nenhuma mensagem de estímulo e reconhecimento do muito de positivo que se tem passado no nosso país”.

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Na habitação, João Torres reforça que o PS vai reconfirmar o pacote Mais Habitação no Parlamento mas que essa peça é um complemento à estratégia que vem detrás. E será reconfirmado “sem arrogância”, diz, respondendo a Montenegro.

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